O governador Mauro Mendes (União Brasil) avaliou que o desembargador Orlando Perri está "equivocado" ao defender a permanência e regularização de "mercadinhos" em penitenciárias. De acordo com Mauro, o Estado cumpre a sua função, custeando a alimentação dos internos, porém, "regalias" como whisky, cerveja e cigarros não devem estar disponíveis dentro dos presídios.
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"O desembargador merece nosso respeito, tem muita história dentro do Tribunal, mas acho que ele está equivocado neste ponto. Acho que ele está errado. O estado fornece quatro refeições por dia, refeições balanceadas, custa caro, não tem porque ter mercadinho lá como já existia que vendia whisky, cerveja, cigarro, docinho. Não tem que ter isso", falou o governador nesta segunda-feira (13) à Rádio CBN Cuiabá.
Perri é supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e Socioeducativo (GMF-MT) e fez a declaração sobre os "mercadinhos" quando a Assembleia Legislativa discutia projeto de lei para intensificar a fiscalização nos presídios. O desembargador argumentou que criar regras para o funcionamento dos comércios impede atividades paralelas.
Mendes é contrário. O governador acredita que oficializar esses espaços abre precedentes à concessão de privilégios, interferindo na função pedagógica do período de cumprimento de pena.
"Se o cara quer beber whisky e cervejinha, (fumar) cigarrinho, quer comidinha boa, fique aqui fora trabalhando e seja um cidadão decente, honesto. Vai pro presídio, o Estado tem que tratar bem, mas não tem que ter regalia", acentuou Mauro.
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