O governador Mauro Mendes (União Brasil) deu um ultimato ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para a emissão da dispensa de licenciamento das obras na MT-251, no paredão do Portão do Inferno, propostas pelo governo estadual em Chapada dos Guimarães (a 62 km de Cuiabá). Mauro ameaçou retirar as equipes da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT), responsáveis pelas ações de contingenciamento dos desmoronamentos no local, caso a resposta dos órgãos federais seja negativa para o corte do paredão e o desvio da rodovia, para solucionar o risco que existe no local.
"Essa semana, vou cobrar novamente deles, é um pedido emergencial e o mínimo que podemos esperar é uma resposta rápida. Se sim ou se não. E se falar que é não, vamos tirar aquela mobilização nossa e deixar o 'pau torar', porque não é possível que diante de um fato tão grave, tão bem comprovado, que as autoridades federais não se sensibilizem", falou o governador nesta terça-feira (9).
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O assunto será aprofundado nesta semana por meio de reunião presencial na sede do ICMBio, em Brasília. O governador não vai participar. Porém, enviará técnicos da Sinfra e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema-MT) para discutir a situação.
"Não pretendo. Tenho muita agenda aqui, tenho viajado demais a Brasília e isso cansa. Tenho que trabalhar em Mato Grosso que é aqui que resolvemos nossos problemas. Tem uma reunião programada com o ICMbio, não sei o dia, mas eu não vou. Vou pedir que aos técnicos que vão para explicar a eles o porquê dessa solução", explicou o governador.
Além da pressão, Mauro também conta com as articulações dos senadores e deputados federais de Mato Grosso para construir o diálogo com o governo federal. Ele acredita que esse esforço em conjunto vai "amolecer" o ICMBio e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
"Acredito que o presidente do Ibama (Rodrigo Agostinho) vai fazer essa análise rápida, célere, como o caso requer. Mas vou pedir aos nossos três senadores e a bancada federal que, por favor, faça essa interlocução e essa cobrança do governo federal", finalizou Mauro.
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