O governador Mauro Mendes (UB) mandou recado para os deputados estaduais durante inauguração da Zona de Processamento e Exportação (ZPE) Engenheiro Adilson Reis, em Cáceres (200 km de Cuiabá), nesta sexta-feira (24). Sem citar diretamente o reajuste aprovado aos servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Mauro falou sobre a necessidade de preservar a saúde fiscal do Estado.
"Demorou muito, sofremos e chegamos no linear de ter um caos aqui. Em 2018 até a viatura da polícia parou no meio da rua por falta de combustível, salários atrasaram. Em 2019 tivemos que, com apoio da Assembleia, há que se dizer, ali em janeiro de 2019, fazer leis, mudar um pouco essa trajetória. Agora aquilo que foi conquistado não pode voltar atrás", iniciou o governador.
O projeto que concede 6,8% de aumento aos servidores do Poder Judiciário foi à primeira votação na Assembleia Legislativa no dia 22 de outubro, sob protestos da base governista. A proposta, que beneficia cerca de 3,5 mil servidores, gera impacto de R$ 42 milhões apenas em 2025.
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Mauro ainda fez um comparativo da economia brasileira com a China e cobrou 'decisões sérias' para dar aos cofres públicos o equilíbrio necessário para a continuidade dos investimentos no Estado e no país. A ZPE de Cáceres, por exemplo, contou com aporte de R$ 51,3 milhões após mais de três décadas parada por pendências legais e financeiras.
Por que a China é o que é hoje? Lá na década de 70, o PIB da China era quase igual ao PIB do Brasil. Cinquenta anos atrás nós éramos economias muito semelhantes. Cinquenta anos depois, a China está com um PIB de U$D 18,6 trilhões, o Brasil U$D 2,6 trilhões. O que aconteceu lá naquele país e o que deixou de acontecer aqui no nosso, que nós ficamos para trás sonhando que nós seremos um dia um país do futuro? É essa nossa incapacidade de fazer as coisas corretas, de tomar decisões sérias, duras, para construir um futuro melhor", disparou o governador.
"Se hoje nós temos [saúde fiscal] nós temos que preservar isso. Não é destruir isso da noite para o dia achando que com medidas fáceis, que ganham um voto aqui e acolá, isso não vai trazer consequências para nosso país e para o Estado de Mato Grosso", finalizou Mauro.
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