O senador Wellington Fagundes (PL) deu uma indireta sobre "fidelidade", ressaltando seu casamento de cinco décadas com Marielle Fagundes, ex-presidente do PL Mulher em Mato Grosso. Ao logo dos últimos meses, o parlamentar tem assistido a aproximação de alguns de seus correligionários com o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) que, assim como ele, é pré-candidato ao governo em 2026.
Nesta semana, Fagundes foi surpreendido ainda com a informação de que o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) repensou o apoio à sua candidatura, optando por Pivetta à majoritária. O senador espera uma conversa com o ex-presidente e presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, para questioná-los sobre a suposta preferência ao vice-governador.
O boato fortaleceu Pivetta, cuja candidatura é defendida por ala do PL, embora Fagundes seja um dos fundadores e presidente de honra do partido. Porém, a história construída no grupo parece não pesar tanto na balança dos conservadores. O vice-governador tem aumentado o trânsito entre os bolsonaristas, deixando a posição nos bastidores para participar de eventos ao lado do prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL). O posicionamento de Abilio incomoda o senador.
Fagundes, por outro lado, mantém a postura polida, não trocando farpas com Abilio, afirmando acreditar que o prefeito vai obedecer o princípio da fidelidade partidária.
"O PL é um partido que foi sempre a minha casa. Eu sou um cara que comecei minha vida aos 6 anos. Sempre fui uma pessoa conservadora e por isso tenho a família organizada, sou casado e vivo com minha esposa há 50 anos. Tenho uma família e a marca do Wellington é o seguinte: cumprir compromisso e trabalhar. A fidelidade é a minha marca e vou continuar trabalhando", disparou o senador nesta quinta-freira (23) na Assembleia Legislativa.
A conversa com Valdemar que deve definir o futuro de Wellington nas eleições 2026 deve acontecer em 15 dias. Até lá, ele insiste nas articulações para viabilizar seu nome à majoritária como cabeça de chapa.
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