A intenção do deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos) de pleitear a Prefeitura de Cuiabá rachou o partido. A legenda está dividida em alas que defendem uma candidatura própria e outras que preferem manter apoio afiançado ao presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (União Brasil). Segundo a vereadora Maysa Leão (Republicanos), o assunto foi debatido em reunião com o presidente do diretório municipal, Eduardo Magalhães (Republicanos), na segunda-feira (17), mas a composição ainda não é uma questão pacificada.
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"Alguns estão mais preocupados com a montagem de chapa. Não está equilibrado. Muitas pessoas querem continuar com Botelho e muitos querem chancelar a candidatura do deputado Diego. Essa é uma decisão que vai ser feita quando chegarmos em um denominador comum e o Eduardo Magalhães deixou claro que essa é uma decisão da chapa, e não de um líder partidário, pois a gente teve esse compromisso que a chapa decidisse", falou Maysa Leão à imprensa.
Ao assumir a candidatura de Diego, o Republicanos passa disputar espaço com o União Brasil na Capital, distanciando-se do grupo do governador Mauro Mendes (UB). O deputado estadual afirma que pleitear a Prefeitura de Cuiabá é um passo necessário para fortalecer a base da sigla e ganhar a simpatia do maior colégio eleitoral do Estado. A questão é ter mais chances nas eleições de 2026, quando o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) vai brigar para ser o sucessor de Mendes. Porém, quebrar a aliança com Botelho gerará implicações mais à frente.
No entanto, o partido está aplicado ao contexto das municipais e, conforme Maysa, o único ponto definido é que não irão apoiar o ex-secretário-adjunto de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec-MT), Fellipe Wellaton (PRD), como vice de Botelho. A executiva da sigla tem dois motivos para justificar o desprezo a Wellaton: o fato de ainda não ter desistido de inidicar o vice do pré-candidato do União Brasil e sua saída "pela porta dos fundos" do Republicanos para se filiar ao PRD sem dialogar com os líderes partidários - conforme fala de Eduardo Magalhães na última semana.
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"Na nossa discussão de chapa ontem, isso foi um acordo tácito. O Felipe Wellaton estava no Republicanos, se ele fose um vice do Republicanos, teria 100% de apoio. Ele é meu amigo pessoal, acredito muito na capacide de trabalho dele, mas a gente tem que entender que um partido que não tem chapa, não tem tempo de televisão, e só um nome não condiz com tudo o que falamos sobre política. Política é grupo, construção conjunta. Sem chapa e vereador pra pedir voto não faz sentido ele ser o vice", disse Maysa Leão.
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