"Achar é coisa de malandro", disparou o marketeiro político Cláudio Cordeiro em entrevista ao HNT TV, ao comentar o cenário eleitoral cada vez mais impactado pela chegada da inteligência artificial. A frase, que aprendeu durante o curso de Direito, uma de suas formações, resume sua visão sobre a importância de basear campanhas políticas em dados concretos. Segundo Cordeiro, ao estruturar uma campanha, é essencial pautar a estratégia em informações consistentes, utilizando pesquisas e outros meios de mensurar resultados.
"O marketing é apenas a leitura de uma pesquisa, o valor das pessoas. Usamos várias técnicas para obter um resultado e construir um planejamento. Eu trabalho com pesquisa, com as lideranças que me apoiam, escuto as pessoas mais simples e, a partir disso, crio um diagnóstico", explicou Cláudio em entrevista ao diretor de Jornalismo do Hipernotícias, Kleber Lima, que também é especialista em marketing político e, assim como Cordeiro, acumula campanhas vitoriosas em seu currículo.
A democracia abre espaço para trabalharmos porque conseguimos colocar as ideias para a pessoas decidirem qual caminho é o melhor.
Cláudio se mostra otimista em relação ao cenário local. Segundo ele, Mato Grosso tem dado um salto qualitativo no que diz respeito aos profissionais dedicados à política. "Está melhorando bastante. Eu vejo que eles estão se especializando, não estão parados", avaliou. No entanto, ele observa que ainda há certa resistência à inovação, já que muitos profissionais e candidatos mato-grossenses acabam optando por formatos mais tradicionais de campanha.
Uma marca registrada dos projetos de Cordeiro é a valorização dos elementos locais. "Chamo as pessoas da região para a gente trabalhar a linguagem e regionalizar a campanha", destacou. Esse cuidado com a identidade regional gera identificação com os eleitores, facilitando a aceitação dos candidatos.
Camila Ribeiro/HNT
LIVRO
Cláudio Cordeiro compilou suas experiências no livro “Marketing Político e Eleitoral”, lançado na última semana na Assembleia Legislativa (ALMT). O prédio é simbólico por concentrar um dos poderes da democracia e por levar o nome do ex-governador Dante de Oliveira, um dos símbolos de MT.
"A democracia abre espaço para trabalharmos porque conseguimos colocar as ideias para a pessoas decidirem qual caminho é o melhor. As duas coisas andam de mãos dadas: o marketing e a democracia", discorreu o marketeiro.
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