O deputado estadual Dilmar Dal Bosco (União Brasil), líder do governador Mauro Mendes (DEM) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), não garante que continuará na liderança nos próximos quatro anos. A declaração foi dada no Palácio Paiaguás nesta terça-feira (4), durante a assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que dá ao governo do Estado poder para assumir a concessão da BR-163.
“Eu ainda não tratei nada com o governador sobre isso, falei com ele na noite de segunda-feira (3), por telefone, mas não conversamos sobre isso. Vou ver se consigo conversar com ele ainda hoje pra gente já começar a traçar assuntos, porque temos votações importantes, temos que estar firmes até a próxima legislatura”, declarou o deputado.
Dilmar afirmou que estará à frente da liderança do governo até o final desta gestão, em dezembro de 2022. Garantiu terminar todos os compromissos assumidos com o cargo. “Estou aí ainda na liderança do governo e vou fazer meu papel com essa legislatura que está terminado, encerrar com todos os assuntos firmados”, contou.
Conforme o deputado, a decisão de quem será líder do governo na ALMT nos próximos quatro anos é exclusivamente do governador.
“Não sou eu que coloco um líder, não sou eu que proponho. Quem tem que escolher o líder é o governador. Isso é algo exclusivamente dele, eu acho que continuo na liderança até o final desta legislatura, até encerrarmos as votações importantes. Aí fica, a critério dele, até porque eu sempre disse ao Mauro que não sou de entrar em debate, sou mais de articulação, de conversas, de diálogos com deputados, eu não tenho nenhum inimigo dentro do parlamento. E tudo que é governo foi aprovado em 100%, num acordo entre AL e governo. Algumas mudanças que foram feitas em alguns projetos foram aprovadas na Casa Civil”, destacou o deputado.
Segundo o parlamentar, ele ainda não entrou em pauta com nenhum aliado da base do governo sobre a reeleição do govenador. Declarou também que se reuniu com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (UB), na manhã desta terça-feira, mas garantiu que não tratou sobre reeleição de Mauro Mendes.
“Cheguei ontem em Cuiabá, participei de uma reunião com presidente da AL para tratar sobre a pautas. Temos votações importantes que vêm por aí, temos LDO, a LOA e vamos começar a articular isso aí. Não conversei nada com deputado Botelho sobre isso, só falamos que temos que discutir isso”, comentou.
No pleito de 2022, foram eleitos seis novos deputados da base do governador. Além disso, 12 que já são aliados do governo foram reeleitos, ou seja, a bancada governista prevê 18 aliados nos próximos quatro anos.
“Entrou (sic) seis novos e eles vão analisar, com a bancada dos partidos. Hoje, temos MDB, que faz parte da base do governo, com quatro deputados; PSB, quatro; União Brasil, mais quatros; PSDB... Somando aí, temos, a princípio, uma bancada que seria de apoio ao governo. Mas tudo tem que ser conversado, o governador tem de chamar os partidos que fizeram parte da base do governo pra gente analisar como vai ser o encaminhamento dos deputados nas votações de matérias”, pontuou Dilmar.
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