Entre os seus novos admiradores estão ninguém menos que os senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Álvaro Dias (PSDB-PR), detentores de vários mandatos, além de deputados e até mesmo ministros de Estado. Renan ganhou por 56 votos a 18.
“É lógico que passaram a nos olhar de forma diferente e, perceptivelmente, com maior respeito”, confirma Taques, em entrevista aos jornalistas Onofre Ribeiro e Kleber Lima, diretor do HiperNotícias, no Programa ‘Hora Marcada’, da TV Cultura (Canal 17).
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“Houve realmente a exposição natural na mídia. Vale lembrar que, nas redes sociais, saímos de 60 mil para mais de 400 mil em poucas semanas”, admite ele, ao reconhecer que passou a ser mais procurado pela chamada ‘grande imprensa’ nacional.
Pedro Taques não quis falar sobre a traição sofrida de parte da bancada do PSDB. Dos 11 votos esperados, vieram cerca de 7. “Estou aprendendo a ter paciência. E não vou criticar ninguém por ter votado [contra a consciência] por motivos que desconheço”, pontua o senador brizolista.
“Se fosse na Câmara Federal, isso representaria cerca de 140 votos”, comparou Taques, para mostrar que foi bem votado.
Marcos Lopes/HiperNotícias Pedro Taques não perde a oportunidade para alfinetar o seu adversário, sempre cercado por suspeitas de corrupção
Sobre o risco de Renan Calheiros ser cassado, embora tenha lhe vencido em plenário, o senador mato-grossense usou uma metáfora, sobre a vitória de Pirro (280 a.C.): “nas andanças do tempo, as vitórias podem ser efêmeras”.
PRESSÃO
Renan se vê às voltas com 1,6 milhão de assinaturas para pedido de renúncia, que podem facilmente passar de dois milhões em poucos dias, se tornando a maior ação judicial da história para que saia do comando da Câmara Alta.
O número é o dobro de votos obtidos pelo senador em 2010.
“Eu fui cumprimentá-lo após a homologação do resultado”, disse, sem insistir na referência ao abaixo assinado virtual criado em 1º de fevereiro, para pedir a saída do peemedebista da presidência do Senado.
Taques é um dos dois senadores que jamais exerceu mandato eletivo – a senadora gaúcha Ana Amélia Lemos (PP) é outra.
Numa casa em que há dois ex-presidentes da República, 37 ex-governadores e 40 ex-deputados federais, conquistar a administração da maioria e o respeito de todos, em dois anos, é mais que uma vitória política.
Contudo, Taques não perde a oportunidade alfinetar o seu adversário, sempre cercado por suspeitas de corrupção. “Não é a ocasião que faz o ladrão. A ocasião desperta o ladrão que existe dentro da pessoa”, ensina ele.
NOVO FORMATO
Pedro Taques alerta que, mesmo com o PDT parte da base aliada da presidenta Dilma Rousseff (PT), vai recrudescer a cobrança interna, para a discussão dos temas que exigem uma posição direta dos senadores.
“É elementar que haja discussão ampla sobre os rolyalties do petróleo e mineração; sobre a Lei Kandir e sobre a redistribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE), entre outros. O Senado não pode continuar sendo um mero ‘carimbador’ de Medidas Provisórias editadas pelo Poder Executivo”, pondera ele.
Mato Grosso deve registrar perdas substanciais, em pouco tempo, caso o FPE não passe por ajustes pontuais, no plenário da Câmara Alta. “Vamos forçar a discussão. O Senado está olhando para o abismo e a sociedade está reagindo. Está cobrando os senadores, que não vieram da lua. Foram eleitos”, completa Taques.
O Programa "Hora Marcada", com Onofre Ribeiro é exibido às 20 horas das quintas-feiras, pela TV Cultura (Canal 17).
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