O vereador por Cuiabá, Robinson Cireia (PT), disse ao HNT que foi "achincalhado" por apoiadores de Edna Sampaio (PT) para não fazer seu discurso de despedida na Câmara. O petista afirmou que faria uma fala em defesa da colega de partido no grande expediente, porém, acabou deixando o plenário devido à indisposição com os membros do mandato coletivo. Ainda segundo Cireia, após tentar convencê-lo a não falar na tribuna, o grupo seguiu para seu gabinete e parte de seus assessores foram constrangidos. A mochila de um dos servidores chegou a ser encontrada no lixo.
"Eu queria fazer o discurso e começaram a me achincalhar e, depois, foram para o gabinete como se eu fosse inimigo dela. Eu a defendi e iria fazer um discuro em defesa dela no grande expediente. Eles queriam que eu me retirasse e eu queria falar lá no meu discurso de saída. Eu não fui impedido, mas resolvi sair. Já que eles quiseram, não fiz o discurso e saí antes", falou Robinson Cireia com exclusividade ao HiperNotícias, nesta terça-feira (5).
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Após pressioná-lo, o grupo de Edna teria seguido para o gabinete na intenção de "retomar" a sala. Porém, o espaço continua ocupado por servidores indicados por Cireia, já que o presidente da Câmara, Chico 2000 (PL), marcou o retorno da vereadora para esta quarta-feira.
"Houve constrangimento de algumas pessoas. Um dos meus assessores catou a mochila na lixeira. Talvez uma só pessoa fez isso, não são todos que estão lá. Também quero deixar bem claro que não briguei com a Edna, eu não sou contra a Edna", afirmou Robinson.
VEREADORA NEGA DESENTENDIMENTO
Por meio da sua assessoria, Edna Sampaio negou a situação à reportagem. De acordo com a Comunicação do mandato coletivo, mais de 100 pessoas participaram do ato e o episódio narrado por Cireia não foi flagrado por ninguém da equipe.
Pela manhã, a vereadora admitiu à imprensa que tem divergências com Robinson, mas que sempre se manifesta individualmente em suas redes sociais, a exemplo de quando o correligionário cancelou atividades programadas na Semana da Consciência Negra. "Tenho divergências com ele, mas não é uma ruptura. Aquilo que pra mim não coaduna, eu sempre me manifesto. Eu sou uma voz divergente aqui. Acho que não estou aqui para avaliar as decisões do Robinson. O que tinha para falar sobre ele, já escrevi", declarou Edna.
SITUAÇÃO DESCONFORTÁVEL
A vereadora Maysa Leão (Republicanos) disse acreditar que Edna atropelou o processo e deixou Cireia em uma situação desconfortável. Maysa foi uma das vereadoras que votou pela cassação da petista. Para ela, o comportamento da vereadora, de trazer os holofotes para si na sessão desta terça, entregando flores e levando os membros do seu mandato coletivo para dentro da Câmara, foi um passo precipitado. Ela avaliou que Edna quase transformou o correligionário em seu "algoz".
"Vejo que o vereador ficou numa situação bem desconfortável, como se fosse um algoz de estar ali dentro e até teve que se justificar. Na verdade, ele é o vereador neste momento. A equipe dele deveria estar no gabinete hoje sendo respeitada e as coisas estão sendo atropeladas. Não há necessidade do 'eu voltei, vocês vão ter que me engolir'. É tudo uma questão de Justiça. Voltou por uma questão da Justiça e será respeitada", pontuou a vereadora.
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Xomano 05/12/2023
o que me deixa mas triste e do povo votar neste povo do pt
1 comentários