O analista de economia do Canal Rural, Miguel Daoud, apontou que a entrada dos Estados Unidos (EUA) no conflito de Israel e Irã acendeu um "alerta vermelho" para o agro brasileiro. De acordo com o especialista, o Irã pode usar seu controle sobre o Estreito de Ormuz para pressionar o mercado de fertilizantes e combustível, o que encarecia as operações agrícolas e diminuiria a rentabilidade de produtores brasileiros.
A ameaça de fechar o Estreito de Ormuz foi uma reação do governo iraniano após o presidente norte-americano, Donald Trump, autorizar que as instalações nucleares do país rival fossem bombardeadas. O ataque marcou a entrada oficial dos EUA no conflito.
O Estreito de Ormuz corresponde ao trecho do golfo de Omã ao sudeste e o golfo Pérsico ao sudoeste. A região é considerada estratégica por receber atualmente 20% de todos os barris de petróleo comercializados no mundo que dependem do transporte marítimo - o equivalente a até 20 milhões de barris diários - , além de fertilizantes nitrogenados, essencial para o agro, e gás natural.
O bloqueio foi aprovado pelo parlamento iraniano se a tensão escalar. Caso o Irã cumpra com a ameaça, o agro nacional será automaticamente afetado, pagando mais caro pelo frete de fertilizantes, já que os navios teriam de fazer uma rota mais longa. O setor também seria penalizado com o aumento do preso dos combustíveis e de insumos, com isso, a rentabilidade dos produtores rurais diminuiria, ressaltou Miguel Daoud.
Com a crise no agro em escala mundial, o real deve ser impactado, perdendo valor de mercado e pressionando a inflação.
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