A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou, por unanimidade, o pedido de importação da vacina russa contra a Covid-19, a Suptnik V. A decisão desta segunda-feira (26) impacta diretamente o governo de Mato Grosso, que tinha firmado contrato para aplicar 1,2 milhão de doses do imunizante.
A análise da Anvisa foi motivada pelo pedido de 14 governos estaduais pela importação emergencial de quase 30 milhões de doses. A inspeção também atende a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) que foi instado pelo governo do Maranhão, um dos que tentava importar as doses.
Segundo a agência, não foram encaminhados relatórios técnicos que comprovem que a vacina atende a padrões de qualidade.
A Gerência de Medicamentos da Anvisa apontou ainda que existem diversas falhas de segurança relacionadas à produção do imunizante. A mais grave diz respeito ao adenovírus que usa material genético do coronavírus para estimular o sistema imunológico. Foi constatado que, ao contrário do que deveria, o adenovírus utilizado na vacina russa é capaz de se reproduzir e pode causar doenças.
Planos para Mato Grosso
Com a vacina russa em mãos, o governador Mauro Mendes (DEM) pretendia imunizar toda a população acima de 30 anos. Durante o mês de abril, o chefe do executivo de Mato Grosso vinha cobrando a Anvisa insistentemente pela liberação da Sputnik V.
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O secretário chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, chegou a defender a compra e garantir que a contratação não havia sido precipitada.
“Precipitada? Muito pelo contrário. Se a gente pudesse ter tido a oportunidade de ter comprado essas vacinas ano passado, nós teríamos comprado”, disse Carvalho à rádio CBN, no dia 19 de abril.
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Atualmente, apenas duas vacinas estão em uso no Brasil, a Coronavac, do laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan e a Astrazeneca/Oxford. Mato Grosso é um dos estados que menos recebe doses desses imunizantes, distribuídos pelo Plano Nacional de Imunização (PNI).
(Com informações do G1)
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