A condição do juiz federal Julier Sebastião como suspeito (investigado) na Operação Ararath da Polícia Federal II (em cujas diligências foram apreendidos, na sua casa documentos e um carro) compromete eventual candidatura do magistrado à sucessão estadual.
Analistas políticos consultados nessa terça-feira pelo HiperNotícias afirmaram que a divulgação do episódio policial abalou as pretensões políticas do magistrado e “dificilmente haverá uma reversão, pelo menos a curto prazo”. Julier tem sido assediado por diversos partidos, entre eles PT, PCdoB e PMDB, para ser um dos candidatos ao governo em 2014.
Para o analista político e professor de Ciências Políticas da Universidade de Cuiabá (Unic), João Edisom de Souza, a notícia do seu envolvimento em operações ilícitas, como sustenta a Polícia Federal feriu sua “candidatura de morte”, independente da comprovação da sua culpa ou inocência.
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“A candidatura do juiz vinha em uma crescente, pois há, na atualidade, relativa simpatia do eleitor a homens públicos de posições e decisões firmes, como seu caso. Na medida em que há a suspeição a tendência é a de que os eleitores possam rejeitá-lo”, afirma.
O professor ainda vê que o político de carreira, no Legislativo ou Executivo, está a sujeito a armações partidárias, calúnias, têm a “casca grossa”, mas a um representante do Judiciário qualquer denúncia ganha dimensões difíceis de corrigir ou contornar. “É o caso do Julier”, afirma. João Edisom diz que para o ano que vem uma candidatura de Julier será temerária.
Já o também professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), comentarista e analista político, Alfredo da Mota Menezes entende que a situação ficou difícil e que as denúncias “machucaram bastante”.
“Não vou me ater ao fator da culpa ou inocência, mas esse tipo de acontecimento costuma provocar estragos quando as candidaturas são majoritárias – governo ou Senado”, afirma Menezes.
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