O prefeito por Cuiabá, Abilio Brunini (PL), não descarta emitir um novo decreto de calamidade financeira. Abilio explicou que mesmo com todos os cortes de despesas a gestão ainda não conseguiu adequar os gastos ao orçamento, convivendo com déficit mensal de R$ 15 milhões somente na Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A pasta deve apresentar até o final do ano déficit de R$ 120 milhões.
LEIA MAIS: Abilio expõe déficit de R$ 120 milhões e anuncia alerta financeiro na saúde
Os primeiros seis meses do mandato de Abilio discorreram sob a vigência de decreto de calamidade. Neste período, o prefeito nomeou uma Comissão Econômica, coordenada pelo secretário de Assuntos Estratégicos, Murilo Bianchini, que ficou responsável por renegociar dívidas com fornecedores, identificar contratos duplicados que foram suspensos e contratações que poderiam ser dispensadas. O enxugamento da máquina aliviou as contas, mas não resolveu o problema, uma vez que a entrada de recursos continua a mesma.
As 'pedaladas' do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (PSD) são outro agravante à saúde financeira de Cuiabá. De acordo com Abilio, o prefeito superestimou em R$ 500 milhões a Lei Orçamentária Anual (LOA) encaminhada à Câmara. À época, por ter a maioria ao seu lado no Legislativo, os vereadores acabaram aprovando o projeto de lei e Emanuel empenhou o valor em dívidas. No entanto, esses R$ 500 milhões eram uma estimativa de arrecadação que não entrou nos cofres da Prefeitura, gerando mais dificuldades à nova gestão.
"Arrecadou um pouco mais que o ano passado, mas menos que a projeção. Mas ele vinculou as despesas a projeção e ficou R$ 500 milhões de restos a pagar para esse ano. Essas questões todas trazem um impacto pra nós", explicou o prefeito.
O prefeito abrirá a 'caixa preta' da Secretaria de Fazenda à Câmara e Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) nas próximas semanas. Abilio disse que apresentará relatório com os dados e não descartou novo decreto de calamidade financeira como parte da solução que estuda para a Capital.
"(O decreto) não está descartado. O que a gente está fazendo é a contenção de despesas, buscando encaixar dentro do orçamento o que for possível. Sabidamente não vai fechar no 0 a 0 no final do ano, mas vamos tentar coordenar o que a gente consegue ajustar e a Saúde é a minha prioridade de conseguir resolver. Estamos contando com algumas emendas que acabam colaborando", concluiu o prefeito.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.