A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, nesta terça-feira (31), a "Operação Castelo de Areia", para cumprimento de 20 mandados judiciais contra um grupo envolvido com atividades criminosas de tráfico e associação para o tráfico de drogas no município de Rosário Oeste (124 km de Cuiabá). Os alvos da operação são, principalmente, aqueles investigados por atuar como ‘biqueiros’ e o objetivo nesta primeira etapa é apreender entorpecentes e armas de fogo.
Outro alvo da Polícia Civil é um traficante, conhecido como ‘Príncipe’ ou ‘Magnata’, que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça por liderar o tráfico de drogas em Rosário Oeste, Nobres e Jangada. A investigação da Delegacia de Rosário Oeste identificou que ele é responsável por gerenciar a venda de entorpecentes e é a ‘voz’ e o centro financeiro das atividades de tráfico.
Por meio de investigação financeira, a Polícia Civil apurou que diversas pessoas, suspeitas de tráfico na região, realizavam constantes transações financeiras a ele, incompatíveis com as atividades lícitas dos investigados. Além disso, o ‘Príncipe’ tinha autorização para ativar novos biqueiros.
BIQUEIROS EM SANÇÕES
Os biqueiros identificados na investigação praticam o tráfico ‘formiguinha’, recebendo semanalmente pequenas quantidades de drogas, com a exata quantidade para venda.
A Delegacia de Rosário Oeste apurou ainda que o grupo age com clara divisão de tarefas e relativa organização. “O líder encomendava, semanalmente, a carga de droga e tinha uma pessoa responsável para distribuir cada tipo de entorpecente aos demais biqueiros. Além disso, havia os responsáveis para fazer o recolhimento semanal de valores e da ‘camisa, taxa de R$ 100 mensais cobrada pela facção autorizando o biqueiro a vender a droga”, explicou o delegado de Rosário Oeste, Antenor Pimentel Marcondes.
A investigação apurou ainda que o líder do tráfico também ordenava mortes daqueles que vendiam entorpecentes sem autorização ou de quem era delator. Quem devia droga ou cometia furtos também era alvo das sanções, pois tais crimes atrapalhavam os negócios do tráfico.
A operação conta com apoio da Delegacia de Nobres, Delegacia de Roubos e Furtos de Várzea Grande, GCCO, Gerência de Operações Especiais e Canil do SOE.
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