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Polícia Terça-feira, 11 de Novembro de 2025, 11:49 - A | A

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Terça-feira, 11 de Novembro de 2025, 11h:49 - A | A

MEGAMENTE DO CRIME

Falso contador é apontado como mentor de esquema milionário de fraudes em MT

Delegado detalha como o contador criou mais de 300 empresas de fachada e usou sites falsos para aplicar golpes e lavar dinheiro

JORGE AMORIM
Da Redação

O delegado Guilherme da Fachinelli, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos (DRCI), classificou o falso contador, preso na Operação Domínio Fantasma, nesta terça-feira (11), como a “parte pensante e técnica” do esquema de golpes aplicados por meio de sites falsos. A entrevista detalhou a operação deflagrada na manhã desta terça-feira também, com cumprimento de ordens judiciais em Cuiabá e Sorriso. 

Fachinelli informou que, ainda nesta terça-feira, as equipes da Polícia Civil iriam desativar as redes sociais do suspeito, utilizadas para atrair vítimas. “Estamos cumprindo medidas judiciais de derrubada das redes sociais dele, porque eram usadas para divulgar os serviços falsos e, com isso, atrair mais vítimas”, explicou o delegado.

Quanto à quantidade de pessoas lesadas, o titular da DRCI disse que ainda não é possível precisar o número, já que as investigações ainda estão em curso. Segundo ele, a maioria das denúncias foi feita espontaneamente pelas próprias vítimas, por meio do número 197 e do e-mail da DRCI. “As vítimas mandavam mensagens dizendo: ‘tem uma empresa aí, um site, que a gente compra e não entrega’. A partir disso, fomos mapeando e identificando os casos”, relatou.

LUCROS EXORBITANTES

Os investigadores também afirmaram que ainda não é possível estimar os lucros obtidos pela organização criminosa, embora já tenham constatado uma “evolução patrimonial exorbitante” do falso contador e de seus associados. Durante a operação, foram apreendidos carros de luxo avaliados em até R$1,5 milhão. Os veículos pertenciam tanto ao contador quanto a outros integrantes do grupo, que tiveram seus bens bloqueados pela Justiça. De acordo com a polícia, familiares do principal suspeito também participavam do esquema - não foi dito qual era o grau de parentesco.

As empresas de fachada criadas pelo contador atuavam na venda de diversos produtos, por meio de vários sites. “Tinha um que vendia apenas brinquedos; outro só roupas masculinas”, exemplificou Fachinelli. Os acusados vão responder por associação criminosa, fraude eletrônica, crimes contra as relações de consumo e lavagem de dinheiro.

ENTENDA O CASO

A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, nesta terça-feira (11), a Operação Domínio Fantasma para desmontar um esquema milionário de fraudes eletrônicas e lavagem de dinheiro por meio de empresas de fachada criadas por um contador. Ao todo, foram cumpridas 33 ordens judiciais em Cuiabá e Sorriso, incluindo prisão preventiva, buscas e apreensões, bloqueio de R$5 milhões, sequestro de imóveis e veículos de luxo, além da suspensão de sites e perfis usados nos golpes.

As investigações da Delegacia de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) apontam que o contador usava seu conhecimento técnico para abrir centenas de CNPJs falsos, entre 2020 e 2024, com o registro de 310 empresas, muitas delas no mesmo endereço em Cuiabá. As firmas eram usadas para registrar sites de e-commerce falsos, que vendiam produtos como roupas e cosméticos e atraíam consumidores por meio de anúncios patrocinados. As vítimas faziam o pagamento, mas não recebiam as mercadorias.

O grupo também utilizava “laranjas” de outros estados para ocultar a identidade dos responsáveis e movimentar valores ilícitos. A operação contou com o apoio de diversas delegacias especializadas, da Politec e da Secretaria de Fazenda (Sefaz), sob coordenação da Cecor da Polícia Civil. O contador é investigado por associação criminosa, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e crimes contra o consumidor.

LEIA MAIS: Polícia Civil desmantela esquema milionário de fraudes eletrônicas em Mato Grosso; vídeo

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