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Polícia Segunda-feira, 11 de Março de 2024, 11:25 - A | A

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Segunda-feira, 11 de Março de 2024, 11h:25 - A | A

DISPUTA POR FAZENDA

Esposa de fazendeiro preso fez transferências para coronel que intermediou assassinato, diz polícia

Conforme a Polícia Civil, a prisão temporária foi requerida à Justiça com base em indícios que tornam Aníbal, no momento, o principal suspeito do homicídio de Roberto Zampieri

RAYNNA NICOLAS E THIAGO STOFEL
Da Redação/Do Local

A esposa do fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo, preso nesta segunda-feira (11) suspeito de envolvimento na morte do advogado Roberto Zampieri, fez transferências bancárias ao coronel Etevaldo Caçadini, segundo revelou a polícia. As movimentações financeiras reforçam a tese de que Aníbal possivelmente seja o mandante do assassinato, em razão de uma disputa de terras em Paranatinga (375 km de Cuiabá) avaliada em R$ 6 milhões. 

Conforme a Polícia Civil, a prisão temporária foi requerida à Justiça com base em indícios que tornam Aníbal, no momento, o principal suspeito do caso. Além disso, provas testemunhais também corroboram para a linha investigativa. Contudo, ainda não existem elementos suficientes para sustentar um indiciamento, de acordo com o que informaram os delegados da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). 

LEIA MAIS: Fazendeiro acusado de envolvimento na morte do Roberto Zampieri é preso em Cuiabá

A esposa de Aníbal Manoel Laurindo também é alvo de mandado de prisão. A ordem judicial, contudo, ainda não foi cumprida. A mulher estaria negociando para se entregar, assim como o fazendeiro fez na manhã nesta segunda-feira. No entanto, devido a problemas de saúde, a suspeita continua na condição de fugitiva. 

A expectativa é de que com uma quebra do sigilo dos dados bancários, a polícia tenha acesso ao montante exato que foi repassado por ela a Etevaldo Caçadini, tido como intermediador do crime. Segundo as evidências acessadas pela polícia até o momento, a esposa de Aníbal realizou transferências bancárias ao coronel do Exército em datas compatíveis com a estadia dos executores de Zampieri em Cuiabá. 

Já foram indiciados pelo caso Antônio Gomes, o atirador, Hedilerson Barbosa, que forneceu a arma do crime e Etevaldo Caçadini. 

A proximidade de Aníbal e Etevaldo teria se dado por afinidade política, já que o coronel comandava um movimento bolsonarista. Conforme a polícia, eles se reuniam em frente a quartéis em prol da direita. Além disso, o sotaque de Aníbal, sulista, seria parecido com o sotaque italiano citado em depoimento por Antônio Gomes. 

Roberto Zampieri foi morto no dia 5 de dezembro de 2023 no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Ele deixava seu escritório de advocacia quando foi surpreendido por diversos tiros. 

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