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Página Inicial Segunda-feira, 28 de Março de 2011, 18:45 - A | A

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Segunda-feira, 28 de Março de 2011, 18h:45 - A | A

Tragédia

Japão detecta plutônio no solo da central nuclear de Fukushima

Tepco afirmou que irá ampliar o monitoramento da área do complexo e seus arredores

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Tokyo Electric Power (Tepco), operadora da usina nuclear de Fukushima Daiichi, informou nesta segunda-feira que detectou plutônio em cinco pontos do solo do complexo.

A operadora afirmou, segundo a agência de notícias Kyodo, que o plutônio teria sido liberado do combustível nuclear da usina, danificada pelo terremoto e posterior tsunami de 11 de março.

A Tepco detalhou que o nível de plutônio encontrado em amostras retiradas nos dias 21 e 22 de março não impõe risco à saúde humana, mas ressaltou que vai ampliar o monitoramento do complexo e arredores. O plutônio é mais tóxico que outras substâncias radioativas como iodo e césio.

O único reator que contém combustível misto de urânio e plutônio é o número 3. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) já havia alertado para uma fissura na câmera de contenção deste reator, que nos últimos dias emitiu, de maneira intermitente, fumaça --um indicador de que a pressão continua alta.

Segundo a rede de TV CNN, a Tepco encontrou três tipos diferentes de plutônio no solo.

Mais cedo, a Tepco informou que detectou água com altos níveis de radiação em túneis subterrâneos fora do reator 2, o primeiro indício de um vazamento do tipo desde a crise nuclear.

O vazamento estava em um túnel que rodeia o reator número 2 e viria do núcleo do reator, onde as varetas de combustível sofreram derretimento parcial, segundo a Kyodo.

Segundo a Tepco, a água continha concentrações radioativas de mais de mil milisievert por hora. A Agência de Proteção Ambiental dos EUA diz que uma única dose de 1.000 millisieverts é suficiente para causar hemorragia em 30 minutos. Se a pessoa ficar exposta por quatro horas, pode morrer em 30 dias.

Esse nível é similar ao detectado este fim de semana em uma região alagada no interior do prédio de turbinas da unidade 2, que obrigou a interromper o trabalho dos operários.

A Agência de Segurança Nuclear disse que a Tepco deve bombear a água altamente contaminada que se acumula no porão do prédio de turbinas do reator, conectado ao tubo, para eventualmente remover a água.Uma das das entradas do túnel subterrâneo está localizada a apenas 55 metros do mar. A Tepco afirmou que não há indícios de que a água contaminada tivesse chegado ao mar, mas que não pode descartar uma contaminação do solo.

Os técnicos em Fukushima já haviam liberado vapor com radioatividade para conter o aumento da pressão nos reatores e evitar uma explosão, mas esta é a primeira vez que se fala em vazamento de água radioativa --o que aumenta o risco de uma contaminação ambiental.

Até então, água com alto teor de radiação havia sido encontrada somente dentro dos edifícios dos reatores.

O porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, disse que o alto nível de radiação poderia provir do contato de água com material das barras de combustível nuclear parcialmente fundido. Ele afirmou, contudo, que a maior parte da radiação ainda está contida dentro do prédio.

ERRO

Também nesta segunda-feira, o governo criticou duramente o anúncio equivocado da Tepco sobre um nível de radioatividade 10 milhões de vezes acima do normal na água que sai da central nuclear de Fukushima.

"Mesmo que o cansaço das pessoas que trabalham no local possa ajudar a explicar o erro, considerando que a vigilância da radioatividade é uma condição maior para garantir a segurança, este tipo de erro é absolutamente inaceitável", declarou Yukio. "O governo ordenou que a Tepco não cometa o mesmo erro."

O anúncio da Tokyo Electric Power aumentou ainda mais a paranoia ao redor da central acidentada. O vice-presidente da Tepco, Sakae Muto, explicou que elementos radioativos foram confundidos durante as análises das mostras obtidas no vazamento do reator 2.

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