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Mundo Segunda-feira, 13 de Junho de 2011, 17:59 - A | A

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Segunda-feira, 13 de Junho de 2011, 17h:59 - A | A

Mais de 10 mil sírios fugiram do país, diz encarregada da ONU

Dados chegam no mesmo dia em que as tropas leais ao regime do ditador controlaram completamente a cidade de Jisr al Shughur

DA FOLHA DE SÃO PAULO

A violência dos últimos meses na Síria fez mais de dez mil pessoas fugirem da violência no país, em busca de refúgio na Turquia e no Líbano, afirmou nesta segunda-feira a encarregada das operações humanitárias da ONU (Organização das Nações Unidas), Valerie Amos.

Relatos de ativistas e ONGs internacionais apontam ainda que a repressão brutal do ditador Bashar al Assad às manifestações civis teria matado 1.200 pessoas.

"Faço um apelo ao governo [sírio] para que respeite e proteja os civis e se abstenha de empregar a força contra manifestantes pacíficos", disse ela em uma declaração.

Segundo Amos, cerca de 5.000 sírios se refugiaram na Turquia e 5.000, no Líbano. A Turquia já teria instalado quatro campos de refugiados na fronteira.

"É importante que saibamos exatamente o que acontece na Síria pra que possamos fornecer o auxílio necessário. Espero que o governo autorize uma avaliação independente", disse.

Os dados da ONU chegam no mesmo dia em que as tropas leais ao regime do ditador controlaram completamente a cidade de Jisr al Shughur, a primeira a cair nas mãos dos rebeldes desde o início dos protestos oposicionistas em março.

Vadim Ghirda/Associated Press
Caminhão com doações da Turquia chega aos refugiados sírios que ainda não deixaram vilarejos ameaçados

AVANÇO

Ativistas de direitos humanos dizem que as tropas avançam agora para as florestas e montanhas próximas à cidade, em busca de "grupos armados" aos quais responsabilizam pela revolta contra o regime de Assad.

As tropas prenderam ainda centenas de pessoas em vilas nos arredores da cidade rebelde. Refugiados abrigados na Turquia dizem que os detidos são homens com entre 18 e 40 anos de idade, um padrão visto em outros episódios de repressão desde que a revolta começou no país.

As tropas lançaram no domingo uma ampla ofensiva com artilharia pesada e explosões, além de helicópteros e cerca de 200 tanques.

A TV estatal síria afirmou que a operação em Jisr al Shugur visava prender "terroristas" e apreender suas armas. De acordo com o relato oficial, apenas dois integrantes das organizações oposicionistas foram mortos.

A imprensa oficial síria relatou nesta segunda-feira a descoberta de uma cova rasa com corpos de dez agentes de segurança, cujas mãos, cabeça e pés foram mutilados.

"Grupos armados mutilaram os corpos que foram removidos da cova", disse a TV estatal, acrescentando que o Exército entrou na cidade depois de desativar bombas de dinamite colocadas em pontes e estradas pelos grupos armados.

O regime sírio acusa "grupos armados" de ter matado mais de 120 membros das forças de segurança do país após manifestações na cidade, em 6 de junho --a invasão militar seria uma forma de retaliação pelas mortes.

No entanto, ativistas pró-democracia e grupos humanitários afirmaram que os soldados foram mortos pelos próprios militares ao se recusarem a atirar contra manifestantes desarmados.

A censura imposta pela Síria à imprensa impede a verificação independente de informações, mas ativistas afirmaram que pelo menos 1.300 pessoas já foram mortas no país desde março, quando começou a onda de revoltas contra Assad, cuja família está no poder desde 1971.

ENTENDA

Os protestos começaram na Síria em meados de março, depois da prisão de um grupo de adolescentes que escreveram frases contra o governo em um muro na cidade portuária de Latakia, no sul do país.

Em razão do receio que as forças de segurança endurecessem a repressão à população em resposta à morte de 120 policiais e agentes de segurança em Jisr al-Shughur, cresceu a pressão diplomática sobre o governo sírio.

O regime acusa "grupos armados" da emboscada após manifestações na cidade, em 6 de junho - a invasão militar seria uma forma de retaliação pelas mortes.

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Álbum de fotos

Vadim Ghirda/Associated Press

Vadim Ghirda/Associated Press

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