Jun Azumi, secretário geral adjunto do PDJ (Partido Democrátido do Japão), partido do premiê, confirmou que a eleição deve ser em 16 de dezembro.
Com um acordo para acelerar a aprovação de projetos de leis necessários para financiar 40% dos gastos do orçamento já assegurada e os partidos de oposição prontos para apoiar as reformas em votação --pré-condições de Noda para convocar uma eleição-- o Japão parece pronto para encerrar meses de discussões políticas sobre o momento das eleições.
O mandato dos parlamentares da câmara baixa termina em agosto de 2013, porém a oposição tem usado seu controle da câmara superior, onde podem bloquear a legislação, para forçar Noda a realizar a eleição mais cedo.
Em agosto, Noda prometeu realizar uma votação "em breve" em troca de apoio da oposição para a assinatura de uma lei de sua autoria de aumento de impostos sobre vendas, destinada a reduzir a crescente dívida do Japão.
"Quero realizar uma dissolução (da câmara baixa) no dia 16", disse Noda em resposta a um líder da oposição, acrescentando que a medida é condicional ao apoio da oposição a projetos de lei cruciais.
O ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, líder do principal partido de oposição, o Partido Liberal Democrático (PLD) e, provavelmente, o próximo líder do Japão, sinalizou que seu partido está disposto a cooperar não só no projeto de lei de financiamento, mas também em reformas para reduzir as disparidades entre os distritos eleitorais rurais e urbanos, bem como reduzir o número de assentos na câmara baixa.
Noda é o sexto primeiro-ministro do Japão desde 2006 e o terceiro desde que o PDJ chegou ao poder em 2009, prometendo mudar a forma como o país é governado, depois de quase mais de meio século de governos consecutivos do PDL.
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