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Mundo Quarta-feira, 14 de Novembro de 2012, 08:50 - A | A

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Quarta-feira, 14 de Novembro de 2012, 08h:50 - A | A

ELEIÇÕES

Japão deve ter eleições antecipadas em 16 de dezembro

Pleito estava marcado inicialmente para agosto de 2013.

PORTAL G1

O premiê do Japão, Yoshihiko Noda, anunciou nesta quarta-feira (14) que vai dissolver a câmara baixa do Parlamento na sexta para realizar uma eleição antecipada no próximo mês, em que seu partido deve ser derrotado.

Jun Azumi, secretário geral adjunto do PDJ (Partido Democrátido do Japão), partido do premiê, confirmou que a eleição deve ser em 16 de dezembro.

Com um acordo para acelerar a aprovação de projetos de leis necessários para financiar 40% dos gastos do orçamento já assegurada e os partidos de oposição prontos para apoiar as reformas em votação --pré-condições de Noda para convocar uma eleição-- o Japão parece pronto para encerrar meses de discussões políticas sobre o momento das eleições.

O mandato dos parlamentares da câmara baixa termina em agosto de 2013, porém a oposição tem usado seu controle da câmara superior, onde podem bloquear a legislação, para forçar Noda a realizar a eleição mais cedo.

Em agosto, Noda prometeu realizar uma votação "em breve" em troca de apoio da oposição para a assinatura de uma lei de sua autoria de aumento de impostos sobre vendas, destinada a reduzir a crescente dívida do Japão.

"Quero realizar uma dissolução (da câmara baixa) no dia 16", disse Noda em resposta a um líder da oposição, acrescentando que a medida é condicional ao apoio da oposição a projetos de lei cruciais.

O ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, líder do principal partido de oposição, o Partido Liberal Democrático (PLD) e, provavelmente, o próximo líder do Japão, sinalizou que seu partido está disposto a cooperar não só no projeto de lei de financiamento, mas também em reformas para reduzir as disparidades entre os distritos eleitorais rurais e urbanos, bem como reduzir o número de assentos na câmara baixa.

Noda é o sexto primeiro-ministro do Japão desde 2006 e o terceiro desde que o PDJ chegou ao poder em 2009, prometendo mudar a forma como o país é governado, depois de quase mais de meio século de governos consecutivos do PDL.

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Tomohiro Ohsumi/Bloomberg

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