A vereadora Marildes Ferreira (PSB), presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Rondonópolis (218 km de Cuiabá), e a CBS Serviços Médicos LTDA protocolaram denúncias contra o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM) pelo suposto 'boicote' ao convênio firmado pelo governo do Estado para realização de cirurgias eletivas na unidade. De acordo com as denúncias, o CRM estaria agindo em favor de um grupo de médicos, credores do hospital, como forma de pressionar a liquidação dos débitos em detrimento da realização dos procedimentos aguardados pela população usuária do Sistema Único de Saúde (SUS).
No decorrer do imbróglio, o CRM chegou a abrir sindicância contra o sócio representante da CBS Serviços Médicos LTDA, Douglas Dolce Domingues, acusando o profissional de violar artigos do Código de Ética Médico (CEM) que vedam os profissionais de substituir outros demitidos ou afastados em represália à atitude de defesa de movimentos legítimos da categoria e de assumir condutas contrárias a esse movimento.
A sindicância levou a uma notificação entregue à Santa Casa, pedindo o rompimento do contrato e a suspensão dos serviços em janeiro de 2024. O que se sucedeu foi a declaração do deputado estadual Max Russi (PSB), que repudiou a postura do CRM e argumentou que o dinheiro do convênio não poderia ser utilizado para quitar débitos referentes a outros compromissos assumidos pela unidade.
LEIA MAIS: Max Russi denuncia atuação do CRM para impedir realização de cirurgias
Na sua denúncia ao Ministério Público, por sua vez, a vereadora Marildes Ferreira destacou que foi oferecidA aos profissionais que, em tese, motivam o 'boicote', a oportunidade de dar prosseguimento aos trabalhos na Santa Casa no âmbito do programa Fila Zero, mas que a proposta foi recusada pelos médicos, por se tratar de valor 'baixo'.
Como consequência, a região sul do Estado iniciou tardiamente o programa de cirurgias eletivas em virtude do impasse com relação à contratação de pessoas e valores, o que só foi sanado a partir do contrato firmado junto à CBS.
As denúncias pedem, como providência, que seja investigado o CRM, na pessoa do presidente da entidade, Diogo Sampaio, pelas 'intimidações' nas redes sociais. Bem como que seja feita a defesa da permanência da equipe que está atuando na Santa Casa de Rondonópolis.
A CBS apresentou ainda queixa-crime contra o Conselho Regional de Medicina por calúnia, difamação e injúria, pleitou a remoção da sindicância aberta contra o médico Douglas Dolce Domingues e a indenização no valor de 40 salários mínimos, aproximadamente R$ 56,4 mil.
AÇÕES DO CRM
Durante a 'queda de braço', o CRM se posicionou contrário à fala do deputado Max Russi, acusando o parlamentar de escolher advogar para uma 'empresa irregular', em vez de encampar a defesa dos médicos.
A entidade também veio a público anunciar que ingressou com representações no Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal, Tribunal de Contas da União (TCU) e Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) e Ministério Público Estadual (MPE) apontando indícios de irregularidades na gestão de recursos públicos da saúde administrados pela Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis.
LEIA MAIS: CRM-MT representa contra Santa Casa de Rondonópolis no MPE por não pagar médicos
O conselho pediu também a regularização dos pagamentos devido aos médicos; o afastamento das empresas que estão substituindo os médicos do corpo clínico; a prestação de contas da aplicação dos recursos públicos recebidos pela Santa Casa; e o afastamento da atuação direção da unidade de saúde.
Sobre as novas denúncias contra o CRM, a reportagem procurou sua assessoria de imprensa, que informou que a autarquia não irá se pronunciar no momento.
ENTER HOSPITAL
A denúncia da CBS Serviços Médicos chega a citar outra polêmica envolvendo o CRM desde o início da gestão de Diogo Sampaio. A peça traz o caso do Enter Hospital, em Cuiabá, que teve o alvará de funcionamento cassado em função, em tese, de discordâncias entre os representantes do hospital e o presidente do CRM que, à época, negociava para assumir a direção técnica da unidade.
Com as negociações frustradas, Diogo teria adotado postura hostil às demandas do hospital, causando entraves no funcionamento da unidade via CRM. O Enter também acusou servidores da Vigilância Sanitária de Cuiabá de exigirem propina para liberação do alvará.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.
Celso Luiz de Assis 24/02/2024
Papai quero estudar e fazer medicina. Pois bem estuda se phode durante 6 a 7 anos, na colação de grau faz JURAMENTO promete mundos e fundos para não deixar a população doente sem atendimento médico. Estão a 5 meses sem receber e a população que se phoda com o juramento sem assistência médica. Aí que entra. ÉTICA MÉDICA, DE SALVAR VIDAS e não se aproveitar do cargo de presidente do cem para prejudicar quem está fazendo o que vocês não fizeram. Deputados e vereadores estão em seus cargos políticos para defender o interesse da POPULAÇÃO, e não fazer papel de moleque jogando médicos contra cem por conta de licitação. Não aguenta pede para cagar e caí fora, nesse momento você mostrará atitude de médico e cia Ltda
1 comentários