Uma reportagem da revista Veja, publicada nesta segunda-feira (7), sugere que os assassinatos do advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023, e do ex-presidente da OAB-MT, Renato Nery, em julho de 2024, podem estar relacionados a um esquema de venda de sentenças judiciais. O conteúdo do celular de Zampieri revelou uma rede de corrupção que envolvia figuras influentes, incluindo assessores de confiança de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Esse esquema já havia sido denunciado por Nery, que atribuiu a Zampieri participação nas negociações. Os dois foram assassinados com sete meses de diferença. Desde a morte de Zampieri, empresários, políticos e membros do Judiciário tentaram ocultar as evidências encontradas no celular. Familiares chegaram a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir que o conteúdo fosse divulgado.
Diálogos que estão sendo revelados mostram o lobista Andreson Oliveira cobrando Zampieri por valores de propinas que deveriam ser repassados a um chefe de gabinete de um ministro. A compra de sentenças estava ligada a negociações envolvendo grandes empresas e litígios milionários. Um dos casos mais reveladores envolvia a antecipação de uma minuta de voto sobre uma disputa com um dos maiores bancos do país. Oliveira comemorou quando a decisão final coincidiu exatamente com o rascunho, demonstrando a influência comprada no STJ.
Em outras mensagens, Oliveira cobra R$ 50 mil para um “amigo”, identificado como chefe de gabinete de um ministro. Em outro áudio, Andreson relata que esse mesmo servidor havia telefonado diretamente para ele, pressionando pelo pagamento de propinas pendentes. O lobista ameaçou Zampieri, temendo que os atrasos pudessem comprometer o esquema. Em resposta, Zampieri confirmou que os servidores estavam cobrando o pagamento, enquanto o valor por decisão oscilava entre R$ 50 mil e R$ 100 mil.
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