Mãe de Ana Karla, Ironildes Lemes está ansiosa para o julgamento. "O coração está apertado, as vezes até dói. A gente quer justiça, que ele pague pelo que fez. Se um camarada desse ficar impune poderiam acontecer outras tragédias. Da mesma forma que ele matou várias pessoas, ele poderia continuar [matando] mais", declarou.
Na última sexta-feira (12), Tiago enviou uma carta ao juiz pedindo compreensão pelos crimes cometidos. No texto, ele afirma que queria a chance de voltar à infância e recomeçar sua vida. O documento já foi juntado aos autos do processo e deve ser apresentado durante o julgamento.
Esta é a segunda carta do acusado que é juntada ao processo. A primeira foi em maio do ano passado, quando ele também afirmou estar arrependido dos crimes cometidos e pediu perdão às famílias das vítimas.
Tiago está preso desde 14 de outubro de 2014. Ele é acusado de 35 homicídios na Grande Goiânia. Apenas um dos processos está em andamento na 4ª Vara Criminal de Aparecida de Goiânia, os demais estão nas 1ª e 2ª varas da capital.
Suposto serial killer enfrenta o 1º júri popular por homicídio em Goiânia
Ele será julgado pela morte de Ana Karla, 15 anos, em dezembro de 2013.
Vigilante Tiago Henrique da Rocha é réu em outros 28 casos de assassinatos.
Está marcado para esta terça-feira (16) o 1º júri popular do suposto serial killer, o vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, de 27 anos, pelo homicídio da adolescente Ana Karla Lemes da Silva, de 15 anos, em Goiânia. Ela foi baleada no peito, em 15 de dezembro de 2013. O réu é acusado de 35 homicídios na Região Metropolitana.
O julgamento está previsto para começar às 8h30, no auditório do 2º Tribunal do Júri, no Setor Oeste, em Goiânia. De acordo com o presidente da sessão, juiz Jesseir Coelho de Alcântara, duas testemunhas de acusação devem ser ouvidas: a mãe da vítima e um vizinho. Não há testemunhas de defesa arroladas.
Ao G1, o magistrado disse que a expectativa “é grande” para o primeiro julgamento, o que atrairá muitas pessoas. O júri deve ser composto por sete integrantes. Para o juiz, não há como medir o impacto desta sessão para as demais.
“A gente não sabe o que está na cabeça dos jurados. No próximo, são outros jurados, outros sete. Acredito que, como muda os jurados, é difícil precisar”, disse Alcântara.
O vigilante foi denunciado por um 36º crime, contra um jovem em Goiânia. Porém, o caso foi arquivado por falta de provas. Além do processo da morte de Ana Karla, Tiago já foi mandado a júri popular por 28 homicídios desde 2011.
No assassinato de Ana Karla, o vigilante foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O exame de balística comprovou que a adolescente foi morta por uma bala disparada pela arma apreendida com Tiago.
Laudo divulgado pela Junta Médica do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás aponta o vigilante como psicopata, mas imputável, ou seja, plenamente capaz de responder pelos seus atos. Por isso, Jesseir não acolheu o pedido da defesa quanto a inimputabilidade ou semi-inimputabilidade do vigilante com base no laudo de insanidade mental, já que o documento concluiu que ele não possui doença mental, nem desenvolvimento mental incompleto.
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