A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou recurso e manteve Glaudiston da Silva Cabral como réu, após ele proferir reiteradas ofensas a ministros da Corte, chamando Alexandre de Moraes de “sacrificador de crianças” e “satanista”.
A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) enquadra o homem em associação criminosa e incitação ao crime, destacando que suas ações ocorreram no contexto das manifestações golpistas que resultaram nos ataques ao Congresso e ao STF em 8 de janeiro de 2023. Segundo a PGR, o réu se associou a centenas de pessoas para praticar atos contra a legitimidade do sistema eleitoral e o Estado Democrático de Direito, entre julho de 2020 e maio de 2024.
A defesa recorreu alegando suposta falta de notificação prévia sobre a sessão de julgamento, mas o relator do caso, ministro Moraes, rejeitou a argumentação. Ele ressaltou que a pauta de julgamento foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico e que os argumentos da defesa foram devidamente analisados no acórdão. Os ministros Cristiano Zanin, Flávio Dino e Cármen Lúcia acompanharam o relator no plenário virtual.
Em seu voto, Moraes destacou que críticas são naturais em um sistema democrático, mas que Glaudiston incitou a atuação das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais e a prática de golpe de Estado. “Não existirá um Estado Democrático de Direito sem que haja Poderes de Estado independentes e harmônicos entre si”, enfatizou.
A primeira publicação do bolsonarista acusava Moraes de rituais de magia negra com sacrifício de crianças. Em 2023, ele também chamou Moraes e o então presidente do STF, Luís Roberto Barroso, de “genocidas” e “pedófilos”.
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