Empresa investigada na 'Operação Miasma', Matheus Felipe de Vieira Teixeira Eireli, atual SMT Transportes Especiais, pertence a João Paulo Nunes Ferreira, sócio do sobrinho da primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, o piloto Ernani Rezende Kuhn, alvo da Polícia Federal. Informações foram apontadas em relatório da Polícia Civil que deu origem ao segundo afastamento do prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro (MDB). Ao todo, a companhia recebeu R$ 3 milhões em contratos sob suspeita de fraude.
A mesma pessoa, João Paulo Nunes Ferreira, tinha vínculo empregatício com o irmão de Márcia Pinheiro, Antônio Ernani Kuhn, em uma terceira empresa, a Clatur Viagens e Turismo. A sociedade entre João Paulo e Ernani se deu na empresa GM Rastreadores Ltda, traz o relatório.
A SMT, por sua vez, é apontada como uma companhia 'fantasma' porque não existem indícios de que ela tenha funcionado nos endereços cadastrados na junta comercial.
Mesmo sem sinais de que a empresa tenha, de fato, existido, a Matheus Felipe de Vieira Teixeira Eireli, atual SMT, consagrou-se vencedora de pelo menos dois editais da prefeitura para locação de vans e ambulâncias. Montante pago à empresa totalizou R$ 3 milhões, dos quais R$ 1,6 milhão sequer tinha previsão contratual.
Na época em que firmou as contratações, a SMT tinha uma Kombi e um Fusca da década de 1980, segundo apontou a Polícia Civil.
Ernani, Antônio e mais duas pessoas da família Kuhn foram alvos da Miasma nesta terça-feira.
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