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Justiça Sexta-feira, 07 de Novembro de 2025, 15:50 - A | A

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Sexta-feira, 07 de Novembro de 2025, 15h:50 - A | A

PAI É QUEM CUIDA

Reconhecimento de paternidade socioafetiva transforma história em Confresa

Durante a Expedição Araguaia-Xingu, agricultor oficializa vínculo com filha de coração após 20 anos

DA REDAÇÃO

Durante a segunda etapa da 7ª Expedição Araguaia-Xingu, realizada na quinta-feira (6), em Confresa (1.027 km de Cuiabá), foi formalizado o reconhecimento de paternidade socioafetiva entre a agente de saúde Deborah da Silva Rocha Cantuário, 27 anos, e o agricultor Manoel dos Santos Cantuário, 59 anos. O ato ocorreu na Agrovila de Jacaré Valente e emocionou os presentes.

Após mais de duas décadas de convivência familiar, Manoel teve seu nome incluído na certidão de nascimento de Deborah. A agente de saúde já homenageava o pai socioafetivo com uma tatuagem e agora também o terá nos documentos oficiais. “Esse era meu sonho desde criança”, afirmou Deborah, que buscou o serviço oferecido pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) logo no primeiro dia da expedição.

Segundo a mãe de Deborah, Silvany Francisca da Silva, 45 anos, a filha tinha quatro anos quando se mudaram de Cuiabá para a zona rural de Confresa. Desde então, Manoel assumiu o papel de pai, sempre tratando Deborah como filha. “Pai é quem cria”, costumava dizer.

O vínculo afetivo, já reconhecido socialmente, foi oficializado com a assinatura do termo de reconhecimento. Manoel destacou o significado do momento: “Pai não é só sangue, é quem cuida e está presente”.

Com o procedimento concluído, Deborah passou a adotar o sobrenome Cantuário. “Ele me educou, me deu valores e amor. O sobrenome só confirma o que sempre foi verdadeiro”, declarou.

O juiz coordenador da Expedição, José Antônio Bezerra Filho, acompanhou o atendimento e ressaltou a relevância da paternidade socioafetiva, prevista na legislação atual. “Hoje é possível ter dupla filiação no registro: o pai biológico e o pai afetivo”, explicou. Ele também destacou que o reconhecimento gera direitos e deveres, inclusive sucessórios, e reforça o papel do Judiciário em comunidades de difícil acesso.

A Expedição Araguaia-Xingu é uma iniciativa do Poder Judiciário de Mato Grosso que oferece serviços de cidadania, saúde e documentação a moradores de áreas rurais. Nesta edição, a equipe percorre mais de mil quilômetros por estradas de terra para garantir o acesso a serviços que normalmente só estão disponíveis em centros urbanos.

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