O governador Mauro Mendes (União Brasil) reagiu à ameaça de greve dos servidores do Poder Judiciário que pressionam o executivo estudal para a concessão do reajutse salarial de 6,8% da classe. Mendes foi categórico ao afirmar que naõ cederá à pressão e frisou: "Comigo não funciona".
Na quarta-feira (5), o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sinjusmat) acusou o governador de tentar interferir na Assembleia para barrar a proposta e indicou que os servidores vão começar a parar de trabalhar. Mauro rejeitou qualquer tipo de interferência e minimizou a paralisação: "Comigo não funciona ameaça de greve. Se funciona em algum lugar, eu não posso responder. Com o governador Mauro Mendes, ameaça não funciona".
Os servidores do Judiciário, acompanhados pelo presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha (Zuquim), pela vice-presidente Nilza Maria Pôssas de Carvalho e pelo desembargador Orlando Perri, reagiram com indignação ao pedido de vista apresentado pelo deputado Dr. Eugênio (PSB) na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). A solicitação adiou por mais uma semana a segunda votação do projeto que trata do reajuste salarial da categoria.
O governador Mauro Mendes negou qualquer tentativa de confronto com o Poder Judiciário e classificou o pedido de vista como um ato legítimo do processo legislativo. No entanto, advertiu que, caso a proposta seja aprovada pela Assembleia Legislativa e chegue ao seu gabinete, não hesitará em vetá-la. “Não estou em enfrentamento com ninguém. Essa é uma discussão legítima e democrática da Assembleia, assim como é legítimo e democrático que eu faça minhas análises e tome minhas decisões”, afirmou.
O projeto encaminhado por Zuquim prevê que os recursos para o reajuste venham do duodécimo repassado anualmente pelo Executivo ao Judiciário. O aumento seria pago de forma retroativa a janeiro de 2025, com impacto estimado em R$ 133 milhões ao longo de três anos. Para o governador, a proposta cria um precedente perigoso e pode gerar insatisfação entre servidores dos demais Poderes, que também reivindicam recomposição salarial.
Defendendo a necessidade de manter o equilíbrio fiscal e o respeito ao contribuinte, Mauro Mendes justificou a resistência ao reajuste: “Se o Judiciário tiver 7% de aumento, por que os servidores da Assembleia não vão querer o mesmo? Por que o TRE, o Ministério Público e o Executivo ficariam de fora?”, questionou.
O governador estimou que a concessão de aumentos semelhantes a todas as categorias representaria um custo adicional de R$ 1,6 bilhão por ano. “Aí teríamos que cortar verbas destinadas à imprensa, às prefeituras, a estradas e escolas, para cobrir essa nova despesa. A não ser que se crie um imposto novo em Mato Grosso, e eu não vou mandar nenhum projeto para criar imposto”, concluiu.
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