Quatro desembargadores do órgão especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) votaram pela aplicação da pena de censura ao juiz Wladymir Perri, ex-titular da 12ª Vara Criminal de Cuiabá. Ele entrou na mira da Corte devido ao episódio em que deu voz de prisão à mãe de uma vítima assassinada em 2016 durante uma audiência de instrução.
A conclusão do julgamento foi adiada devido à ausência justificativa do desembargador Paulo da Cunha, que havia pedido vista. Cunha se aposentou recentemente e sua vaga ainda está em aberto.
Caso a pena seja aplicada, Perri poderá enfrentar um impedimento de até um ano para ser promovido e enfrentar impactos negativos em sua reputação, o que pode dificultar a atribuição a cargos mais altos. Além disso, a censura será registrada nos documentos oficiais do juiz e poderá ser consultada a qualquer momento.
Durante a primeira sessão do Órgão Especial, em junho de 2024, o corregedor-geral do TJMT, Juvenal Pereira, votou pela abertura do Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) contra Perri. Nesta sessão, Rui Ramos pediu vistas. A sessão foi retomada no final de julho, quando Ramos votou pela pena de censura, mas foi adiada devido à ausência de Paulo da Cunha. Com a aposentadoria deste, outro membro deverá ser convocado para dar continuidade ao julgamento.
Enquanto isso, o Corregedor Nacional de Justiça, Mauro Campbell Marques, decidiu nesta terça-feira (10) pelo sobrestamento por 30 dias do Pedido de Providências relacionado ao juiz Wladymir Perri. A decisão visa aguardar a conclusão de uma sindicância já em andamento e do PAD iniciado pela Corregedoria-Geral de Justiça de Mato Grosso.
RELEMBRE O CASO
Em uma audiência no final de setembro de 2023, o juiz Wladymir Perri deu voz de prisão à mãe de um jovem assassinado. Durante a sessão, a mãe se manifestou contra o réu, acusado de matar seu filho a tiros em 2016. A promotora Marcelle Rodrigues da Costa e Faria perguntou à mãe se ela se sentia confortável em prestar depoimento na presença do réu.
A mãe respondeu que não tinha problema, pois o réu "não era ninguém" para ela. Após essa declaração, o advogado do réu pediu respeito, e o juiz repreendeu a mãe, exigindo que ela mantivesse "inteligência emocional".
A situação se intensificou quando a mãe, ao final da audiência, jogou um copo de plástico e afirmou que o réu poderia escapar da justiça dos homens, mas não da justiça divina.
O juiz então deu voz de prisão à mãe, alegando que ela havia danificado patrimônio público. A mãe permaneceu detida no fórum por cerca de quatro horas até ser liberada. O caso gerou grande repercussão e levou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a abrir procedimento para apurar a conduta do magistrado.
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Critico 12/09/2024
PARABENS A ESSES DESEMBARGADORES HONESTOS, VOLTADOS A IMPARCIALIDADE E PENSANDO NOS MENOS FAVORECIDOS. DEVE SER LISTADO O NOME DOS HONESTOS DESEMBARGADORES
1 comentários