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Justiça Quinta-feira, 12 de Setembro de 2024, 11:05 - A | A

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Quinta-feira, 12 de Setembro de 2024, 11h:05 - A | A

JULGAMENTO ADIADO

Quatro desembargadores votam por pena de censura a juiz que mandou prender mãe de vítima

Wladymir Perri deixou mulher detida durante quatro horas no fórum da capital

ANDRÉ ALVES
Redação

Quatro desembargadores do órgão especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) votaram pela aplicação da pena de censura ao juiz Wladymir Perri, ex-titular da 12ª Vara Criminal de Cuiabá. Ele entrou na mira da Corte devido ao episódio em que deu voz de prisão à mãe de uma vítima assassinada em 2016 durante uma audiência de instrução. 

A conclusão do julgamento foi adiada devido à ausência justificativa do desembargador Paulo da Cunha, que havia pedido vista. Cunha se aposentou recentemente e sua vaga ainda está em aberto.

Caso a pena seja aplicada, Perri poderá enfrentar um impedimento de até um ano para ser promovido e enfrentar impactos negativos em sua reputação, o que pode dificultar a atribuição a cargos mais altos. Além disso, a censura será registrada nos documentos oficiais do juiz e poderá ser consultada a qualquer momento.

Durante a primeira sessão do Órgão Especial, em junho de 2024, o corregedor-geral do TJMT, Juvenal Pereira, votou pela abertura do Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) contra Perri. Nesta sessão, Rui Ramos pediu vistas. A sessão foi retomada no final de julho, quando Ramos votou pela pena de censura, mas foi adiada devido à ausência de Paulo da Cunha. Com a aposentadoria deste, outro membro deverá ser convocado para dar continuidade ao julgamento.

Enquanto isso, o Corregedor Nacional de Justiça, Mauro Campbell Marques, decidiu nesta terça-feira (10) pelo sobrestamento por 30 dias do Pedido de Providências relacionado ao juiz Wladymir Perri. A decisão visa aguardar a conclusão de uma sindicância já em andamento e do PAD iniciado pela Corregedoria-Geral de Justiça de Mato Grosso.

RELEMBRE O CASO

Em uma audiência no final de setembro de 2023, o juiz Wladymir Perri deu voz de prisão à mãe de um jovem assassinado. Durante a sessão, a mãe se manifestou contra o réu, acusado de matar seu filho a tiros em 2016. A promotora Marcelle Rodrigues da Costa e Faria perguntou à mãe se ela se sentia confortável em prestar depoimento na presença do réu.

A mãe respondeu que não tinha problema, pois o réu "não era ninguém" para ela. Após essa declaração, o advogado do réu pediu respeito, e o juiz repreendeu a mãe, exigindo que ela mantivesse "inteligência emocional".

A situação se intensificou quando a mãe, ao final da audiência, jogou um copo de plástico e afirmou que o réu poderia escapar da justiça dos homens, mas não da justiça divina.

O juiz então deu voz de prisão à mãe, alegando que ela havia danificado patrimônio público. A mãe permaneceu detida no fórum por cerca de quatro horas até ser liberada. O caso gerou grande repercussão e levou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a abrir procedimento para apurar a conduta do magistrado.

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Critico 12/09/2024

PARABENS A ESSES DESEMBARGADORES HONESTOS, VOLTADOS A IMPARCIALIDADE E PENSANDO NOS MENOS FAVORECIDOS. DEVE SER LISTADO O NOME DOS HONESTOS DESEMBARGADORES

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