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Justiça Sexta-feira, 01 de Novembro de 2024, 15:27 - A | A

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Sexta-feira, 01 de Novembro de 2024, 15h:27 - A | A

OPERAÇÃO CLEÓPATRA

Polícia apreende munição de uso restrito e anabolizantes na casa da “musa da pirâmide”

Descoberta de anabolizantes e munições proibidas levanta suspeitas sobre outras atividades ilegais

ANDRÉ ALVES
Redação

Durante a Operação Cleópatra, que prendeu a empresária Taiza Tossat e seu atual marido, Wander Aguilera Almeida, nesta quinta-feira (31) em Sinop (500 km de Cuiabá), a Polícia Civil encontrou em sua residência munições .357 de uso restrito e proibido no Brasil, além de caixas de anabolizantes cuja venda é restrita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e permitida apenas para fins terapêuticos.

Inicialmente, Taiza declarou que as mais de 20 munições pertenciam a Wander, mas, ao se reunir com ele na sala, mudou sua versão, afirmando que os itens eram de seu ex-marido, o policial federal Ricardo Ratola, que também é alvo da operação.

Além das munições, os policiais descobriram produtos anabolizantes de origem estrangeira, cuja venda é proibida no Brasil. Taiza novamente alegou que os produtos pertenciam a Wander. Ao ser questionado, Wander confirmou que eram seus.

Chamou a atenção das autoridades a quantidade e variedade dos anabolizantes: um frasco de Durasteton, geralmente indicado para baixos níveis de testosterona; um frasco de Trembolona, para aumentar rapidamente força e massa muscular; cinco caixas de Stanozolol, geralmente usado por atletas e fisioculturistas; e duas caixas de Oxandrolona, anabolizante mais suave e usado na recuperação de peso após cirurgias ou doenças crônicas.

A ação também resultou na apreensão de aparelhos eletrônicos, cheques e celulares.

O ESQUEMA

Segundo a Polícia Civil, Taiza utilizava as redes sociais para atrair suas vítimas, apresentando-se como uma jovem bonita, bem-sucedida, articulada e especialista em investimentos financeiros.

Ela convencia as pessoas a realizarem investimentos de alto valor, superiores a R$ 100 mil, em ações, por meio de promessas envolventes de retornos diários que variavam de 2% a 6%, dependendo do montante aplicado. Dessa forma, instaurou um verdadeiro esquema de pirâmide financeira.

Nos primeiros meses, as vítimas recebiam os lucros prometidos, sendo incentivadas a reinvestir. No entanto, com o tempo, a empresa começou a atrasar os pagamentos. Ao pedirem a devolução dos valores investidos, Taiza apresentava diversas desculpas e, eventualmente, passou a ignorar completamente as solicitações das vítimas.

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