A juíza Fernanda Mayumi Kobayashi, do Núcleo de Inquéritos Policiais (NIPO), reconheceu a gravidade e robustez das provas reunidas pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (DECON) de Cuiabá contra os empresários Márcio Junior Alves do Nascimento e Eliza Severino da Silva, da empresa Imagem Serviços de Eventos Ltda e determinou o bloqueio de R$ 7 milhões do casal. Eles são acusados de aplicar golpes em centenas de formandos em Mato Grosso e Rondônia.
De acordo com o inquérito, foram registrados 248 boletins de ocorrência envolvendo casos semelhantes de estelionato, com vítimas alegando terem contratado pacotes de formatura, feito os pagamentos e, posteriormente, sido surpreendidas pelo encerramento abrupto das atividades da empresa, em 31 de janeiro de 2025. O fechamento se deu dias antes de duas grandes formaturas que deveriam ser realizadas dias depois.
Os danos relatados não se limitam aos valores financeiros, que ultrapassam os R$ 7 milhões, mas também incluem prejuízos morais como frustração, estresse e angústia diante da perda de um dos momentos mais simbólicos da vida acadêmica.
“Além dos danos materiais, as vítimas também relatam prejuízos de ordem moral, como a frustração de não poderem realizar seus eventos de formatura, o estresse e a angústia causados pela incerteza e a dificuldade em obter informações da empresa”, destacou a juíza.
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Entre as vítimas ouvidas estão formandos das turmas de Medicina do Centro Universitário de Várzea Grande (Univag) e da Unic, que investiram mais de R$ 1 milhão em suas cerimônias. Depoimentos de membros de comissões de formatura e ex-funcionários apontam que os responsáveis pela Imagem Eventos continuaram captando novos contratos e exigindo pagamentos mesmo diante da iminente falência da empresa.
Além disso, a investigação revelou que a Imagem Eventos operava de forma integrada com outra empresa, a Graduar Decoração e Fotografia, registrada no mesmo endereço, o que levanta suspeitas de uso conjunto para a prática dos crimes.
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