Para a juíza Selma Arruda, titular da Setima Vara Criminal, os bens disponibilizados pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e seu ex-assessor Silvio Cesar Corrêa como ressarcimentos pelos desvios de que são acusados poderão amenizar a crise pela qual o Estado passa.
Alan Cosme/HiperNoticias
Ex-governador Silval Barbosa está em prisão domiciliar desde o dia 13 de junho
Juntos, Silvio e Silval disponibilizaram R$ 47 milhões em bens como forma de ressarcimento pelos desvios investigados nas cinco fases da Operação Sodoma, dos quais confessaram a autoria.
Na decisão que transferiu a prisão preventiva em regime fechado para prisão domiciliar, a juíza ressalta que o ex-governador e o ex-chefe de gabinete não representam mais perigo para a tramitação processual e que mantê-los presos seriam um risco para a integridade física de ambos, visto que os dois vêm sofrendo ameaças por conta as confissões e possível delação junto ao Ministério Público Estadual (MPE).
“Além disso, parte do ressarcimento devido já está à disposição do juízo, conforme relatei acima: Ainda que o que se tenha nos autos seja apenas avaliações feitas a mando dos réus, não se pode olvidar que vários milhões de reais estão já à disposição do Estado de Mato Grosso para serem convertidos em benefícios sociais e políticas públicas que possam minimizar a crise pela qual passamos no momento”, pontua a juíza.
Silval Barbosa é acusado de liderar uma organização criminosa que agia para desviar recursos do erário para quitar despesas de campanha e beneficiar os membros do grupo, bem como seus aliados. Silvio é citado como “braço direito e os olhos” do governador, trabalhando de forma a atender os interesses do peemedebista.
Os desvios ocorreram durante os quatro anos de seu mandato e contou com apoio de seus secretários, conforme confessou em depoimento a Delegacia Fazendária (Defaz).
Silval e Silvio são investigados nas cinco fases da Operação Sodoma e na Seven.
Novas datas para interrogatório
Na decisão a juíza também definiu as datas para reinterrogatório dos réus.
Dia 17/07/2017 ambos serão ouvidos no âmbito da Operação Sodoma II, que apura o desvio de R$ 13 milhões para a compra do terreno que foi efetuado por meio de negociação entre o ex-secretário de Administração, Cezar Zílio, o arquiteto José da Costa Marques e o empresário Willians Mischur. Até mesmo o nome do pai já falecido, Zilio colocou no contrato de compra do terreno para dar credibilidade ao mesmo.
Dia 05/07/2017 Silvio e Silval serão interrogados sobre os fatos investigados na Operação III, que investiga os mesmos desvios da Sodoma 2 e na qual o filho do ex-governador, o médico Rodrigo Barbosa foi preso acusado de cobrar propina ao grupo liderado pelo pai.
Já no dia 24/07/2017 ambos serão ouvidos sobre as acusações citadas na Operação Sodoma que trata sobre desvios por meio de incentivos fiscais concedidos às empresas Tractor Parts, Web Tech e Consignun.
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