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Cidades Sexta-feira, 26 de Abril de 2024, 16:30 - A | A

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Sexta-feira, 26 de Abril de 2024, 16h:30 - A | A

PESADELO NO EXTERIOR

Polícia da França "prende" cuiabana na imigração acusada de fraudar passaporte

Sobrinha de Elizabeth Cardoso disse que tia sofre preconceito e é tratada como "criminosa"; família contratou advogado em Paris para viabilizar retorno de mato-grossense ao Brasil

CAMILA RIBEIRO
Da Redação

A cuiabana Elizabeth Cardoso Campos, de 55 anos, foi presa pela polícia francesa no Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, no último sábado (20), sob a acusação de utilizar documentos falsos. Elizabeth saiu de Dublin, na Irlanda, onde cuidava do filho da sobrinha Fernanda Cardoso para fazer uma entrevista na Embaixada dos Estados Unidos em Brasília. No entanto, a imigração a reteve quando desembarcou na capital da França para fazer o voo de conexão ao Brasil. 

"O agente da imigração falou que os documentos dela constavam na lista de 'cancelados ou roubados' e começou o pesadelo. A levaram para detenção, pegaram o celular e seus outros pertences. Só deu tempo de ela ligar e dizer 'minha filha, me ajuda, eles vão prender'. Ela ficou nove horas para investigação e depois foi levada para a Cruz Vermelha", contou a sobrinha da mulher ao HNT.

Uma parte da família continua na Irlanda e outra está em Cuiabá. Elizabeth ficou incomunicável enquanto ficou na imigração e só entrou em contato com os parentes no final da noite de sábado, quando foi transferida para a sede da Cruz Vermelha, onde ainda é mantida até essa sexta-feira (26). Segundo a sobrinha, a tia sofre discriminação. 

"Ela falou que sofreu muito na imigração, a trataram como criminosa, como bandida. Acharam que estava com documentos falsos e a deixaram sem assistência", contou Fernanda. 

Distante e lidando com informações a conta gotas, a família convive com a permanente "sensação de medo" e a incerteza sobre o destino da cuiabana. Fernanda disse que o Consulado e a Embaixada do Brasil no país foram acionados. Agentes foram até a Cruz Vermelha, porém, não compartilham a documentação de Elizabeth para que possam contrapor as acusações. Um advogado foi contratado em Paris para tentar viabilizar a repatriação da mato-grossense. 

TENTATIVA DE REPATRIAÇÃO

A primeira tentativa de embarque ocorreu nesta sexta-feira (26), após audiência. A polícia entrou em contato com a família e orientou que comprassem a passagem para o voo das 10h ou 13h. Fernanda escolheu o primeiro voo disponível, mas os agentes perderam a hora. 

"Compramos o voo das 10h, enviei o checking e o comprovante de passagem para a Cruz Vermelha. Eles imprimiram e entregaram para ela e também enviaram à polícia da França. Ela chegou às 7h e a deixaram 2h30 sentada. Depois, a levaram para um portão de embarque às 10h15, sendo que o voo era às 10h. Hoje, falaram que ela não embarcou pois não tinham carro para levá-la antes", contou a sobrinha. 

Novamente, a família apelou ao Consulado, que foi até a Cruz Vermelha questionar os motivos pelos quais a repatriação da mato-grossense era dificultada e liberaram um novo voo para este sábado). Mas, explicou a sobrinha, que nenhum comprovante da liberação foi emitido, "pois não querem se comprometer". 

"Vai ou não vai embarcar? A gente achou que poderia confiar na palavra do Consulado, que eles tinham algum poder na França, afinal, são nossos representantes. Se o representante consular não garantiu que ela embarcaria no voo de ontem de manhã, qual o poder que tem para garantir o de amanhã?", lamentou Fernanda.

CUIABANA CHEGOU A DESMAIAR DE NERVOSO

A situação está adoecendo Elizabeth. A mulher de 55 anos tem problemas na tireóide e toma remédios de uso contínuo para equilibrar a dosagem hormonal. Ela ficou alguns dias sem os medicamentos até a polícia liberar o uso. A família também disse que a cuiabana está fraca, tem sofrido crises de ansiedade e chegou a desmaiar. 

"Ela chegou a desmaiar de fraqueza e nervosismo. Nesse dia, a colocaram em uma cadeira de rodas. Não somos respeitados nem pelos nossos próprios representantes. Ultrapassou o limite, não temos como confiar em ninguém. Fica no boca a boca", falou a sobrinha. 

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