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Justiça Quinta-feira, 30 de Junho de 2011, 12:14 - A | A

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Quinta-feira, 30 de Junho de 2011, 12h:14 - A | A

TERRA DE NINGUÉM

Juiz teme ser assassinado pelo crime organizado em Mato Grosso

Magistrado diz que vem sofrendo ameaças de policiais civis e militares que integram grupo de assaltantes e traficantes de drogas na Região Metropolitana de Cuiabá

ALIANA F. CAMARGO
[email protected]

Mayke Toscano/Hipernotícias
Juiz concedeu entrevista coletiva no Fórum Criminal de Váarzea Grande, onde tramitam processos contra o crime organizado

O juiz da 2ª Vara Criminal de Várzea Grande corre risco de ser assassinado por integrantes do crime organizado, liderado por ex-policiais militares. O magistrado, que pediu para não ter o nome citado, fez a denúncia na manhã desta quinta-feira (30). Ele diz que as ameaças de morte começaram em janeiro, quando ele resolveu agir contra grupos de bandidos.

O magistrado já apresentou um dossiê com nomes de 15 envolvidos em roubos de caixas eletrônicos, carros, tráficos de drogas, entre outros crimes, realizados na região metropolitana de Cuiabá em 2010 e 2011. São todos policiais militares e civis. Mas até o momento, segundo o juiz, não recebeu qualquer respostas se há investigação em andamento.

Perguntado sobre se há corporativismo das polícias, o juiz disse que “acredito que existe uma polícia séria que vai combater estes policiais.”

Foi ele quem determinou a prisão preventiva de uma quadrilha que roubava carros, caixas eletrônicos e usava o dinheiro para comprar cocaína na Bolívia. A operação desencadeada pela Polícia Federal em abril levou para prisão 18 pessoas. Dezessete estão presos em Cuiabá e um em São Paulo.

O juiz é titular da vara onde chegam a maioria de ações penais contra ladrões de carros e traficantes de cocaína.

O magistrado, durante entrevista coletiva no Fórum Criminal de Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), disse que teme ser assassinado por combater o crime organizado, da mesma forma como aconteceu com o juiz Leopoldino Marques do Amaral (executado no Paraguai em setembro de 1999) e o jornalista Sávio Brandão, fundador do jornal Folha do Estado, executado em setembro de 2002.

As ameaças contra o juiz começaram em janeiro deste ano, quando um homem não identificado procurou por ele numa chácara em Cuiabá, onde ele residia com a família. O magistrado não estava no local e as promessas de vingança foram feitas ao caseiro.

Depois disso, ocorreram mais ameaças. Em uma delas, a ex-mulher de um traficante o procurou e confirmou o plano de assassiná-lo. O magistrado procurou o Tribunal de Justiça, a Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) e a Associação dos Magistrados Mato-grossenses (Amam).

Porém, reclama o juiz, somente dois meses depois (em abril) obteve a cessão de policial militar para escoltá-lo. “Mas somente um (segurança) não é suficiente para deter os bandidos".

Segundo o juiz, a maioria das ameaças partiram do presídio em Santo Antônio de Leverger, município vizinho a Cuiabá, onde ficam presos policiais militares e civis envolvidos em crimes.

De acordo com ele, sua vida está limitada. Ele passou 60 dias morando em São Paulo, e na volta dorme em hotéis, na casa de amigos, alguns deles magistrados, em semanas alternadas.

 

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Adriana 30/06/2011

O juiz dá coletiva e deveria sim ser divulgado seu nome para protegê-lo. Não acredito que as informações na imprensa sobre ameaças seria motivo para barrar a ação de bandidos.

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1 comentários

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