O presidente da Fundação Nova Chance, Winkler Freitas Teles, emitiu nota negando envolvimento com os fatos apurados na 'Operação Ragnatela'. Prints revelados no bojo da investigação dão conta de suposta trama para transferência de lideranças do Comando Vermelho da Penitenciária Central do Estado (PCE) para o extinto Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), conhecido como 'Carumbé', à época dirigido por Winkler.
As capturas de tela foram extraídas do telefone de Willian Aparecido, o 'Willian Gordão', em diálogos supostamente travados com o policial penal Luiz Otávio Natalino, identificado por 'AG'. As conversas revelam que cada preso, ao todo cinco, incluindo lideranças do Comando Vermelho como Paulo Witer, o WT, custaria R$ 20 mil.
Segundo Winkler Teles, os diálogos são falsos e jamais saíram de qualquer telefone sobre a posse dele. Também negou qualquer participação na negocitada e que nem recebeu valores irregulares.
"Esclareço desde já que as supostas transferências irregulares de presos nunca se deram durante a minha gestão como Diretor do CRC, não tendo qualquer relação quanto a estes fatos", pontuou.
Acrescentou ainda que teve o nome indevidamente incluído na investigação e que sua inocência será indubitavelmente esclarecida e provada.
"Esclareço ainda que diferentemente do que foi divulgado ao meu respeito pela imprensa não sofri busca e apreensão, tampouco fui afastado das minhas funções públicas, considerando a ausência de elementos mínimos para tais medidas", complementou.
RAGNATELA
Operação Ragnatela mirou esquema de lavagem de dinheiro do Comando Vermelho a partir de shows e casas noturnas. A investigação identificou que uma das lideranças do Comando Vermelho, o faccionado Joadir Alves Gonçalves, o ‘Jogador’, adquiriu o Dallas Bar, em Cuiabá, pelo valor de R$ 800 mil, pago em espécie, com o lucro auferido por meio de atividades ilícitas.
A partir de então, o grupo passou a realizar shows de MCs nacionalmente conhecidos, custeado pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promotores de eventos, para dar aparência de licitude ao dinheiro do tráfico.
Durante as investigações, também foi identificado que os criminosos contavam com o apoio de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, sem a documentação necessária.
RESPOSTA A EMANUEL
Winkler também respondeu os comentários do prefeito Emanuel Pinheiro que, com base no relatório das investigações, chamou a suposta negociação para transferência de presos de 'estarrecedora' e comparou a gravidade dos fatos às menções feitas a seu nome no bojo da mesma operação.
Conversas interceptadas no celular de membros do Comando Vermelho mostram a tentativa dos faccionados de se aproximar do prefeito, inclusive com o envio de 'presentes' a Emanuel.
"Por fim, em relação ao comentário irresponsável proferido pelo Prefeito Emanuel Pinheiro em relação à minha pessoa, merece registro apenas o fato de que o mesmo ao se declarar ADVOGADO E PROFESSOR DE DIREITO CONSTITUCIONAL, deveria ter a diligência e responsabilidade de analisar os autos primeiro antes de tecer comentários ao meu respeito, já que meu nome é covardemente citado na OPERAÇÃO RAGNATELA, sem qualquer participação minha nos fatos ora investigados", consignou Winkler na nota.
LEIA NA ÍNTEGRA
Eu, WINKLER FREITAS TELES, venho por meio desta, repudiar todas as inverdades que estão sendo veiculadas pelas mídias jornalísticas e reafirmar que não tenho nenhum vínculo com qualquer dos citados, sendo necessário para o momento fazer os seguintes apontamentos:
1 - Tomei posse como servidor público do sistema prisional no ano de 2011, sendo que nesses mais de 13 anos de carreira, nunca houve na minha ficha funcional registro de infração disciplinar e/ou outras questões que desabonassem a minha carreira;
2 - JAMAIS MANTIVE QUALQUER TRATATIVA INDECOROSA com qualquer dos investigados ou meramente citados na OPERAÇÃO RAGNATELA ou com qualquer reeducando ou servidor Público;
3 - As supostas conversas atribuídas a minha pessoa contidas na Operação RAGNATELA SÃO FALSAS, jamais saíram do meu terminal telefônico ou de qualquer outro telefone que estivesse sob a minha posse;
4 - Esclareço que JAMAIS PARTICIPEI DE QUALQUER NEGOCIAÇÃO ou planejamento visando a transferência irregular de qualquer reeducando;
5 - Na mesma senda, NUNCA RECEBI QUALQUER VALOR IRREGULAR para fazer ou deixar de fazer qualquer ato de ofício. Esclareço desde já que as supostas transferências irregulares de presos nunca se deram durante a minha gestão como Diretor do CRC, não tendo qualquer relação quanto a estes fatos;
6 - Da mesma forma firmo categoricamente que o meu nome foi indevidamente incluído na investigação sem qualquer constatação da Autoridade Policial aos fatos falsamente atribuídos à minha pessoa, os quais serão indubitavelmente esclarecidos e provados que não tive qualquer envolvimento com os fatos investigados na citada Operação Policial;
7 - Esclareço ainda que diferentemente do que foi divulgado ao meu respeito pela imprensa não sofri busca e apreensão, tampouco fui afastado das minhas funções públicas, considerando a ausência de elementos mínimos para tais medidas;
8 - Por fim, em relação ao comentário irresponsável proferido pelo Prefeito Emanuel Pinheiro em relação à minha pessoa, merece registro apenas o fato de que o mesmo ao se declarar ADVOGADO E PROFESSOR DE DIREITO CONSTITUCIONAL, deveria ter a diligência e responsabilidade de analisar os autos primeiro antes de tecer comentários ao meu respeito, já que meu nome é covardemente citado na OPERAÇÃO RAGNATELA, sem qualquer participação minha nos fatos ora investigados;
9 - Por derradeiro, esclareço que todos os fatos criminosamente imputados à minha pessoa serão devidamente esclarecidos às Autoridades Investigativas, ao Poder Judiciário e em seguida à toda sociedade, já que sempre pautei minha vida pessoal e profissional em princípios éticos, sendo certo que tudo será esclarecido, a fim de provar a minha inocência de forma inquestionável.
Winkler Freitas Teles.
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