Os criminosos responsáveis pelo ataque violento à transportadora de valores Brink’s, ocorrido em Confresa (1.049 km de Cuiabá), em abril de 2023, foram condenados a penas que, somadas, totalizam 191 anos de reclusão. A operação, realizada por 20 integrantes de uma facção criminosa, aterrorizou a população da cidade localizada no nordeste de Mato Grosso. A quadrilha, fortemente armada, sitiou o município com fuzis de grosso calibre e explosivos, causando pânico e destruição.
As condenações são fruto de uma longa investigação conduzida pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e pela Delegacia Regional de Vila Rica, que identificou os líderes e executores do grupo criminoso, mapeando suas funções no assalto e nas ações de apoio à operação. Petrusilandio Machado e Félix da Silva Aguiar foram sentenciados a 27 anos e 10 meses de prisão cada um. Ambos facilitaram a logística do ataque, providenciando os veículos, mantimentos e a estrutura necessária para o grupo. A Justiça considerou sua participação essencial para a execução do plano que causou terror em Confresa.
Paulo Sérgio da Silva, condenado a 56 anos de prisão, foi o responsável por utilizar a lança térmica, uma ferramenta que permite cortar metal, para tentar abrir os cofres da Brink’s. Paulo, apontado como membro de uma facção paulista, teve sua sentença agravada pela brutalidade do ataque, que incluiu o uso de explosivos de alta potência para arrombar o cofre da transportadora. Isaias Pereira da Silva, que também desempenhou um papel central na ação, foi condenado a 54 anos de reclusão. Ele participou diretamente do ataque armado e tentou explodir o cofre com o uso de explosivos. Sua fuga foi frustrada durante um bloqueio policial em Tocantins, onde foi capturado.
Jocivan Jovan de Araújo, conhecido como "Perna", foi sentenciado a 27 anos por seu envolvimento no suporte logístico ao grupo. Ele foi responsável por fornecer veículos, mantimentos e alugar imóveis que serviram como bases operacionais para a quadrilha. Jocivan foi identificado durante a primeira fase da Operação Pentágono, deflagrada em outubro de 2023, que focou em desmantelar o núcleo logístico e financeiro da organização criminosa.
O ATAQUE E AS INVESTIGAÇÕES
No dia 9 de abril de 2023, um domingo, 20 criminosos armados com fuzis invadiram Confresa, cidade a 1.050 quilômetros de Cuiabá. A ação foi planejada e coordenada, dividindo-se em várias frentes: enquanto parte do grupo sitiava o quartel da Polícia Militar, rendendo os policiais e incendiando o prédio, outra parte destruía veículos e prédios públicos, causando pânico entre os moradores. O principal objetivo do ataque era arrombar o cofre da Brink’s, utilizando explosivos e equipamentos especializados. No entanto, a quadrilha falhou em acessar o dinheiro, sendo forçada a fugir sem conseguir completar o roubo.
As investigações lideradas pela GCCO e pela Delegacia Regional de Confresa, logo após o ataque, permitiram o mapeamento da organização criminosa. Utilizando informações obtidas em campo e dados de inteligência, as forças de segurança identificaram os membros do grupo e suas funções dentro da operação. A ação culminou na captura de Paulo Sérgio da Silva e Isaias Pereira, considerados figuras centrais na execução do ataque, e Jocivan, que forneceu apoio logístico à quadrilha.
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