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Justiça Segunda-feira, 06 de Fevereiro de 2012, 17:38 - A | A

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Segunda-feira, 06 de Fevereiro de 2012, 17h:38 - A | A

INVESTIGAÇÃO

Blairo Maggi abre sigilos fiscal e bancário para MPE no caso "maquinários"

Ex-governador e atual senador protocola no Ministério Público procedimento para se defender das acusações de envolvimento em escândalo

NOELMA OLIVEIRA

 

Mayke Toscano/Hipernoticias

 

O senador Blairo Maggi (PR) resolveu abrir o seus sigilos fiscal e bancário. A disponibilidade destas informações só ocorreu após o Conselho Superior do Ministério Público Estadual decidir, nesta segunda-feira (6), pela continuidade das investigações contra o republicano por suposta participação no “Escândalo dos Maquinários”, esquema que teria causado prejuízos de R$ 44 milhões aos cofres públicos à época em que Maggi era governador de Mato Grosso.

O procurador de Justiça Siger Tutiya será o responsável por conduzir as investigações. Dos 11 membros do Conselho Superior do Ministério Público, sete votos foram favoráveis à continuidade do procedimento contra quatro que votaram pelo seu arquivamento, acompanhando o entendimento do inquérito civil, conduzido pelo procurador de Justiça Hélio Faust.

O procurador-geral de Justiça, Marcelo Ferra, votou pelo arquivamento, assim como os procuradores Paulo Prado, Eliana Maranhão e Mauro Delfino Cesar. Foram favoráveis às investigações Siger Tutiya, Edmilson da Costa Pereira, Mauro Viveiros, Luiz Alberto Esteve Scaloppe , Luiz Eduardo Martins Jacob, Vivaldino Ferreira de Oliveira e José de Medeiros.

Em nota, o senador explicou que resolveu colocar os seus sigilos à disposição como forma de agilizar as investigações. O documento que autoriza consultar suas informações fiscais e telefônicas foi protocolado na manhã de hoje na sede do Ministério Público Estadual.

“Sempre quando fui citado ou requerido em ações investigativas de qualquer esfera nunca me furtei aos esclarecimentos e dessa vez não será diferente. Estou à disposição de quem quer que seja naquilo que for necessário”, garantiu Maggi, por meio de uma nota.

No final do seu segundo ano de gestão, em fevereiro de 2010, Maggi adquiriu 705 caminhões e tratores que foram distribuídos para os 141 municípios. A própria Auditoria Geral do Estado (AGE) apontou um superfaturamento de R$ 44 milhões. Este percentual representa 22% acima do valor praticado no mercado à época. Em março do mesmo ano, o governador renunciou ao mandato para concorrer ao Senado.

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Mayke Toscano/Hipernoticias

Mayke Toscano/Hipernoticias

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