A ré, Florinda Alves Borelli, foi condenada a 12 anos e seis meses de prisão pela morte de Gerson Antunes de Oliveira, no bairro Altos da Glória, em Cuiabá. Florinda foi submetida a júri popular na semana passada, onde o conselho de sentença a reconheceu como autora do homicídio. O julgamento foi presidido pela juíza Mônica Catarina Perri, da Primeira Vara Criminal de Cuiabá.
A vítima foi morta em janeiro de 2015, na rua do citado bairro. A mulher o atingiu com uma facada no pescoço e o laudo da necropsia atestou que o ferimento foi o causador da morte.
O homem foi assassinado no fim da tarde daquele dia, em frente a vários vizinhos e do filho pequeno da vítima, que na época tinha 9 anos. Na decisão, a magistrada ressaltou que o filho debruçou sobre o corpo do pai, após a agressão fatal. "A criança de tenra idade, que se debruçou sobre o cadáver do pai, desesperado. Isso ficará marcado para sempre”, diz trecho da decisão que condenou a mulher.
Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), o crime teria sido motivado por um desentendimento devido ao muro que divida o terreno da ré e da vítima.
Consta que em 2014, Florinda mudou-se para a casa ao lado da residência da vítima e havia se desentendido com ele pela demora em terminar sua parte do muro.
No fim daquele ano, Florinda e Gerson teriam brigado. A mulher viu a vítima na rua e lhe “passou uma rasteira”. Ao conseguiu levantar Gerson bateu na cabeça da acusada com um pedaço de madeira.
No dia do crime, Gerson conversava com o companheiro de Florinda em frete a um bar, nas imediações da casa de ambos.
Na oportunidade, a ré chegava a sua casa e aproveitou a oportunidade para se vingar do vizinho. Ela foi até o interior da casa e voltou uma faca. Golpeou a vítima uma vez no pescoço. O ataque rompeu a veia jugular e a artéria carótida esquerda.
O filho da vítima, de 9 anos, estava com o pai e viu toda a cena. Uma testemunha contou em depoimento que viu “a vítima com uma das mãos no pescoço tentando estancar o sangue, sendo levada pela mão por seu filho pequeno; que a vítima caiu quase em frente a uma distribuidora de bebidas; que seu filho estava em cima dela dizendo: “levanta pai levanta, eu não vou chorar não”.
A mulher fugiu logo após o crime, mas acabou presa poucas horas depois.
Florinda teve a prisão revogada em 2015 e com a sentença, a juíza determinou a expedição de mandado de prisão para que a pena de 12 anos e seis meses passe a ser cumprida em regime fechado na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May.
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