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Artigos Sexta-feira, 21 de Outubro de 2011, 11:58 - A | A

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Sexta-feira, 21 de Outubro de 2011, 11h:58 - A | A

O que esperar quando só temos o caos?

Como é possível gastar milhões com a Copa do Mundo quando não são capazes de dar o mínimo de decência para a saúde? Quem se importa com estádios gigantescos quando o menino que se machucou jogando uma pelada pode perder a perna por falta de atendimento?

MARCIA RAQUEL

 

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Estou sem palavras... Chocada, transtornada. Logo eu, jornalista, sem palavras... A vida é mesmo irônica às vezes. Mas, mais que irônica, a vida está sendo desumana. Acabo de ver uma prévia do que o JN no Ar vai mostrar hoje no Jornal Nacional: o caos da saúde em Cuiabá e Várzea Grande e, consequentemente, em Mato Grosso. Difícil não se desesperar com a imagem de um pai, tentando consolar a filha, vítima de um acidente de trânsito, deitada em uma maca, com a cabeça toda enfaixada em cima de uma poça de sangue, pois o curativo não conseguiu estancar o sangramento. Até quando vamos deixar as pessoas morrerem sem atendimento, sem condições mínimas para atendimento de urgência e emergência? Ninguém mais se importa com vida? Ninguém mais se importa com o ser humano?

Aquilo mais parece um campo de guerra, com pessoas agonizando, deitadas no chão, a espera de alguém que tenha misericórdia e olhe por elas. Meu Deus tenha piedade de quem precisar de atendimento de urgência e emergência por essas bandas. Só me resta pedir a Deus, porque já está claro que quem teria condições de fazer alguma coisa não ouve nem vê nada. Estão todos dopados, sedados, desprovidos de qualquer sentimento de humanidade.

Meu Deus, como é possível gastar milhões com a Copa do Mundo quando não são capazes de dar o mínimo de decência para a saúde? Quem se importa com estádios gigantescos quando o menino que se machucou jogando uma pelada pode perder a perna por falta de atendimento? Quem se importa com VLT ou BRT se as pessoas estão morrendo por falta de atendimento de urgência e emergência?

Até quando vamos inverter as prioridades? Até quando vamos deixar as pessoas de lado? Até quando vamos ignorar quem dá o poder às autoridades? Estamos perdendo vidas, muitas vidas! Não somos descartáveis!

Quanto é necessário para uma reforma decente no pronto socorro? Quanto é necessário para aumentar os leitos nos hospitais do Estado? Quanto é necessário para recuperar ou refazer o hospital regional?

Quanto vai para o ralo com gastos públicos desnecessários? Quanto gastamos com publicidade de obras de fachadas? Quanto gastamos com funcionários fantasmas? Quanto vai para o bolso de políticos e administradores desonestos? Quanto dinheiro nosso é usado para benefício de poucos? Sim, a responsabilidade é nossa mesmo! Se não de gerir os gastos públicos, de cobrar eficiência, transparência, honestidade!

Esse balanço é urgente! É preciso acertar as contas e priorizar a vida! Estamos esperando o que? As pessoas morrerem para diminuir a demanda??? A demanda aumenta a cada dia, na mesma proporção que cresce a violência, que tem origem na falta de educação e de políticas sociais que garantam a distribuição de renda. Ou na mesma proporção que crescem os acidentes de trânsito, que por sua vez tem origem, na maioria das vezes, nas estradas e ruas em condições lastimáveis.

Não sei onde vamos parar. Às vezes tenho medo até de pensar o que minha filha de dois anos vai enfrentar nessa vida.

(*) MARCIA RAQUEL DE OLIVEIRA é jornalista em Cuiabá. Twitter: @marciaraquelcba

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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Cezar Souza 24/10/2011

Amigos, serviços públicos como saúde, educação e segurança são direitos constitucionais, ou seja, são garantidos a qualquer cidadão seja ele rico ou pobre, tenha ele condições para pagar por serviços particulares ou não. No caso PARTICULAR da cidade de Cuiabá pode-se dizer que a cidade está um verdadeiro caos, a começar pela saúde, seguindo pela infra-estrutura com nossas ruas que mais parecem um campo minado, chegando até nossa segurança pública onde assaltos e mortes se tornaram eventos banais do cotidiano. Temo pelas gerações futuras, não pela educação que elas recebem em casa, não pelo legado que iremos deixar, seja na forma de conhecimento ou em pecunia, temo pelo que as próximas gerações irão viver, temo pela cidade cada vez mais depredada que irão receber, pelas floresta cada vez mais destruidas, pela violência cada vez mais comum, pelas doenças cada vez mais resistentes, e isso nada tem a ver com a minha responsabilidade, nem com a minha presença como pai, e muito menos com a minha intelectualidade.

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José Bonifácio 21/10/2011

Márcia, muito bom o seu artigo. Porém você foi muito particular, devia ser mais abrangente no seu ponto de vista. Particularmente, eu nunca precisei de serviços públicos, nem da saúde nem da educação e nem na segurança. Sempre trabalhei para ter condições de pagar médicos/clínicas/laboratórios e escolas para meus filhos. Agora, quanto a segurança, essa não paguei particular, proque sou aguerrido sempre andei em carros populares, e morei em casa humilde. Mas minha intelectualidade, mais minha responsabiidade, minha presença como pai, são aspectos de meu modus vivendi me fazem confiante quanto aos meus netos que estão chegando. Gde Abraço.

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