Campeã do US Open em 2018 e do Aberto da Austrália no ano passado, Naomi é uma das principais tenistas da atualidade e foi escolhida para ser a personagem principal do vídeo de lançamento oficial de Tóquio-2020, divulgado no mês passado.
"É claro que eu estou desapontada que (a Olimpíada) não vai ser mais neste ano, mas estaremos prontos para estarmos mais forte do que nunca em 2021. Eu apoio 100% a corajosa decisão do primeiro-ministro (do Japão) Shinzo Abe e do COI", escreveu a tenista em um comunicado informal divulgado em suas redes sociais.
Filha de mãe japonesa e pai norte-americano de origem haitiana, Naomi Osaka foi criada nos Estados Unidos e tinha dupla nacionalidade até 2019, quando escolheu ficar apenas com o passaporte japonês. A escolha deve de ser feita porque uma lei japonesa obriga cidadãos nascidos no país e com mais de uma nacionalidade optar por apenas uma até completar 22 anos.
"Todos sabem o quanto a Olimpíada significa para mim e quanto estou orgulhosa de participar do evento no meu país", afirmou a tenista, que ocupa o décimo posto no ranking mundial da WTA.
A japonesa reforçou que o mais importante nesse momento é tentar controlar a pandemia da covid-19 e salvar vidas. As infecções por coronavírus no Japão subiram para mais de 1.400 casos, com 49 mortes. No mundo, há mais de 600 mil casos e quase 30 mil mortes.
"O esporte vai eventualmente nos unir novamente e estará lá por todos, mas não é a hora agora. É hora de as pessoas de todos os países, origens e raças estarem juntas para podermos salvar quantas vidas forem possíveis. Para mim, esse é o espírito olímpico", definiu Osaka.
A decisão de adiar os Jogos de Tóquio para 2021 em razão da pandemia, tomada em conjunto pelo governo japonês e o Comitê Olímpico Internacional (COI) e anunciada na terça-feira passada, foi apoiada por grande parte dos comitês, confederações e atletas ao redor do mundo.
(Com Agência Estado)
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