A previsão orçamentária da pasta da Educação do Estado em 2013 é de R$ 1,6 bilhão e não deve ultrapassar os 25% do investimento regulamentado pela Constituição Federal. Em contraponto, o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) defende mais recursos para o setor.
O sindicato levanta, há anos, tese de que o Estado deve aplicar recursos segundo a Constituição Estadual, que estabelece 35%. "A arrecadação não vem avançando mais. Isso vem acontecendo nos últimos anos. E coloca freio em várias ações do governo”, constata o secretáro da pasta Ságuas Moraes.
“A gente espera que minimamente se cumpra o orçamento. Mas esse orçamento por si só é insuficiente para atender esse ano”, enfatiza o secretário. Ele avalia sua pasta na gestão do governo Silval Barbosa (PMDB), em mais uma reportagem sobre os três anos do governo Silval do HiperNotícias.
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O TCE-MT constata em relatório divulgado no final do ano passado, que entre os anos de 2008 e 2010, houve significativa queda na qualidade de educação ofertado no ensino médio de Mato Grosso. E afirma que o percentual de reprovação foi superior a 208% nos três anos.
INDICADORES DE DESEMPENHO
O secretário diverge sobre dados de relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT). Ságuas Moraes justifica que, ao publicar o relatório, o tribunal não utiliza os dados do ano de 2011 e afirma que desde a sua gestão, iniciada em 2007, a educação no Estado teve desenvolvimento significativo.
“O indicador do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) começou em 2005. Os últimos dados demonstra que nos anos inciais estamos em 8º lugar e nos anos finais (6º ao 9º ano) estamos em terceiro lugar”, defende.
Mas o secretário reconhece que no nível médio o Estado não caminha tão bem. Atualmente Mato Grosso está em 15º lugar no ensino preparatório que antecede ao nível superior.
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Para contrapor o relatório, Ságuas justifica que há seis anos, havia 60% de jovens estudando à noite. Em 2012, afirma, passou para 40%. Esse cenário contribui para impedir um avanço no ensino médio.
“É um problema que precisamos resolver, criar a possibilidade de reduzir esse ensino noturno. Procuramos o Ministro da Educação (Aloizio Mercadante) para que a gente possa superar essa dificuldade. E extinguir o ensino noturno, mas temos jovens que precisam ajudar em casa, então precisamos criar incentivos.”
Outra discussão nacional é a falta de aprofundamento nas matérias do ensino médio. Atualmente existem 13 disciplinas para serem distribuídas em quatro horas de jornada diária de aula. O estudante, acaba não tendo noção aprofundada de matérias como matemática e português.
ORÇAMENTO
Questionado sobre o investimento no setor, Ságuas Moraes sai em defesa da administração do governador Silval Barbosa como um período muito difícil devido a conjuntura econômica do Brasil.
“O governo começou bem no início da crise mundial. Talvez, um dos períodos mais difíceis que um governo poderia assumir. Então o governo brasileiro tomou medidas para não atingir o país. Como manutenção do setor produtivo de geração de emprego e renda", argumenta.
ATUALIZADA ÀS 0730
Pedro 08/04/2013
Senhor Secretário, conforme a matéria publicada no jornal www.midianews.com.br/conteudo.php?sid=1&cid=155313, a sua informação não procede. Por favor, conte-nos a verdade ou assuma a sua incompetência para gerir a pasta e, em benefício do Estado de Mato Grosso e seus habitantes, volte para Goiás.
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