Terça-feira, 07 de Outubro de 2025
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,34
euro R$ 6,82
libra R$ 6,82

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,34
euro R$ 6,82
libra R$ 6,82

Economia Segunda-feira, 06 de Outubro de 2025, 16:30 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Segunda-feira, 06 de Outubro de 2025, 16h:30 - A | A

Ninguém pense que fará reforma administrativa contra o Poder Judiciário, diz Fachin

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, se posicionou contra uma reforma administrativa que mexa na autonomia do Poder Judiciário, após ser apresentada na Câmara uma proposta que acaba com os supersalários e põe fim à aposentadoria compulsória de juízes como punição por faltas graves.

"Ninguém pense que fará por cima do Judiciário uma reforma contra o Poder Judiciário brasileiro.Não permitiremos e estarei vigilante para que haja respeito à magistratura brasileira. Não concordamos com circunstâncias eventualmente abusivas, mas é fundamental que todos os Poderes sejam chamados", disse Fachin.

A fala foi feita a uma plateia de juízes durante o Congresso Brasileiro da Magistratura, realizado pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), na sexta-feira, 3, em Foz do Iguaçu (PR).

O presidente do STF disse ver com preocupação, "para não dizer com sentimento de perturbação", a discussão sobre a reforma na administração público.

A reforma na Câmara, antecipada pelo Estadão, proíbe pagamentos acima do teto constitucional (hoje em R$ 46,4 mil, equivalente ao salário de um ministro do STF), limita a criação de verbas indenizatórias que inflam o salário de servidores públicos e extingue os "penduricalhos" pagos atualmente. Qualquer benefício deverá ser aprovado pelo Congresso, segundo o texto.

Além disso, a proposta acaba com as férias de 60 dias e a aposentadoria compulsória como punição para juízes que cometem faltas graves. O texto também permite a demissão de juízes e procuradores por processo administrativo disciplinar pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Entre os magistrados, há críticas às medidas. Pela Constituição, os cargos são vitalícios e os juízes não podem ser demitidos. Esse ponto levanta polêmicas e discussões sobre as alterações. Também há um lobby contra o fim dos supersalários, que já ocorreu no ano quando passado, quando o governo Lula (PT) tentou limitar os penduricalhos à aprovação por lei complementar pelo Congresso Nacional. Há ainda questionamentos se mudanças nas punições contra juízes podem vir do Congresso ou necessariamente seriam de iniciativa do STF.

"Se se quiser pensar em governança, em gestão pública, em transformação digital, em profissionalização do serviço público e, portanto, em uma reforma de todo o Estado, de todos os Poderes, uma reforma que seja efetivamente merecedora desse nome, haverá não só a nossa participação e o nosso aplauso", disse Fachin no evento. "Porém, posso dizer que, como presidente do Supremo Tribunal Federal, não vamos aquiescer com qualquer tipo de reforma que vá tolher a autonomia e a independência da magistratura no Brasil", afirmou o ministro, sendo aplaudido pela plateia de juízes.

(Com Agência Estado)

 

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM  e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão. 

 

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros