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Economia Quarta-feira, 30 de Julho de 2025, 12:04 - A | A

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Quarta-feira, 30 de Julho de 2025, 12h:04 - A | A

EFEITO TARIFAÇO

Marfrig suspende produção de carne destinada aos EUA no complexo de Várzea Grande

O complexo de Várzea Grande, que reúne processos de abate e processamento industrial de carne bovina, é uma das principais unidades da Marfrig no Brasil

DA REDAÇÃO

A Marfrig, uma das maiores empresas do setor de carnes no mundo, anunciou a suspensão temporária da produção em sua unidade de Várzea Grande destinada ao mercado norte-americano.

Segundo informações da Folha, a empresa comunicou ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) que a paralisação se deve a questões comerciais, sem detalhar o volume afetado das exportações para os Estados Unidos.

A interrupção na produção voltada para o mercado americano começou em 17 de julho, e a retomada ainda não tem data definida. A companhia deverá avisar a fiscalização sanitária com pelo menos 72 horas de antecedência antes de retomar as atividades.

Em comunicado ao Mapa, a Marfrig afirmou que assim que a produção para os EUA for retomada, as solicitações necessárias ao serviço de inspeção federal serão enviadas. A empresa preferiu não comentar publicamente a paralisação.

O complexo de Várzea Grande, que reúne processos de abate e processamento industrial de carne bovina, é uma das principais unidades da Marfrig no Brasil.

Instalada no local adquirido da BRF em 2019, a planta passou por um investimento inicial de cerca de R$ 100 milhões e vem sendo ampliada desde então.

Atualmente, a capacidade de processamento da unidade é de aproximadamente 2.000 cabeças de gado por dia, com uma produção anual estimada em 70 mil toneladas de produtos processados.

A unidade realiza abate, desossa e industrialização, estando habilitada para exportar para 22 países, incluindo China, Europa e Estados Unidos.

Com a suspensão das exportações para os EUA, a Marfrig pode direcionar sua produção para outros mercados, enquanto a disputa sobre a sobretaxa de 50% imposta pelo governo Trump não é resolvida.

PERDAS AO AGRO

De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o agronegócio brasileiro pode perder cerca de US$ 5,8 bilhões em exportações para os Estados Unidos devido à sobretaxa de 50% anunciada pelo presidente Donald Trump, o que representaria uma redução de 48% nas vendas para o mercado norte-americano em relação a 2024.

A previsão é de que as exportações de carne bovina sofram uma queda estimada em 47%, e o café tenha uma redução de 25%, caso a sobretaxa seja mantida. Esses números são baseados na elasticidade da demanda americana frente ao aumento de preço causado pela tarifa.

Segundo a CNA, o aumento tarifário será repassado integralmente para o preço final dos produtos importados, ou seja, a elevação de 50% nas tarifas refletirá em um aumento proporcional no custo ao consumidor.

Já em vigor desde abril, uma tarifa adicional de 10% imposta pelos EUA fez com que as exportações brasileiras de carne bovina para o país despencassem. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) indicam que as vendas caíram de 47,8 mil toneladas em abril para 9,7 mil toneladas em julho, uma queda de cerca de 80%.

Em paralelo, o preço médio da carne brasileira para o mercado americano subiu 12% no mesmo período, passando de US$ 5.200 para US$ 5.850 por tonelada.

Diante da incerteza sobre as tarifas que entrarão em vigor em agosto, algumas cargas com destino aos EUA foram redirecionadas para portos diferentes dentro do território americano, evitando que chegassem após o início da nova taxação.

 

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