Analistas destacam que a decisão recente do BoJ de elevar a taxa básica a 0,75% - o maior nível em três décadas - reforçou expectativas de novos ajustes. Para a JPMorgan, "o BoJ provavelmente continuará elevando juros para aliviar preocupações com um iene fraco", projetando duas altas adicionais em 2026, que levariam a taxa a 1,25% no fim do ano.
O juro do JGB de 20 anos tocou a marca de 3,024%, enquanto o de 30 anos registrou 3,449%, ambas máximas históricas, segundo a Reuters, mas avançavam a 2,999% e 3,427% no fim do dia em Tóquio, respectivamente. O rendimento de 2 anos também rompeu maior nível desde 2007, a 1,126%, durante a sessão.
O movimento dos rendimentos dialoga com a dinâmica cambial. Apesar do tom mais duro do BoJ, o iene segue pressionado. Segundo Derek Halpenny, do MUFG, "intervenções para sustentar o iene dificilmente terão sucesso se o governo não administrar adequadamente os riscos fiscais", acrescentando que um orçamento expansionista pode "pressionar os JGBs junto com a moeda".
Já Nobuyasu Atago, da Rakuten Securities, avalia que "a verdadeira causa da fraqueza do iene é a postura persistentemente acomodatícia do BoJ", alertando que, sem mudança na narrativa sobre inflação subjacente, a pressão baixista deve continuar.
Apesar da alta dos juros, o índice Nikkei fechou em forte alta em Tóquio, impulsionado por ações ligadas a semicondutores e inteligência artificial (IA), em meio a expectativas de demanda robusta global. Analistas observam que o apetite por tecnologia tem compensado o impacto negativo de juros mais elevados, ao menos no curto prazo, sustentando o desempenho da bolsa japonesa apesar do aperto monetário em curso.
*Com informações da Dow Jones Newswires
(Com Agência Estado)
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