Ainda assim, o índice renovou recorde de fechamento pelo terceiro pregão consecutivo, visto que o corte de juros nos Estados Unidos nesta quarta-feira e expectativa positiva para reunião entre os presidentes Donald Trump (EUA) e Xi Jinping (China) mantiveram fluxo para o Brasil. A temporada de balanços também contribui, com destaque para alta de Santander (+1,60%) após lucro trimestral de R$ 4 bilhões, puxando outros bancos, além de avanço do minério de ferro impulsionando Vale (+1,82%).
No sexto avanço seguido, o Ibovespa fechou aos 148.632,93 pontos (+0,82%) após oscilar dos 147.429,63 (estável) aos 149.067,16 (+1,11%) pontos. O giro financeiro somou R$ 23,5 bilhões.
A marca histórica de 149 mil pontos foi conquistada por volta das 14 horas, antes da reunião do Fed. Na ocasião, o estrategista da Potenza Capital, Bruno Takeo, dizia que o mercado esperava um discurso dovish de Powell, ainda mais após a inflação medida pelo CPI ter mostrado desaceleração.
Assim como o esperado, o Fed reduziu as taxas dos Fed funds em 25 pontos-base, a 3,75% a 4,0% ao ano, mas a decisão não foi unânime. O diretor Stephen Miran votou por uma redução maior, de 50 pontos-base, e o presidente da distrital de Kansas City, Jeffrey Schmid, defendeu manutenção dos juros.
Contudo, o banho de água fria veio principalmente no discurso de Powell, que enfatizou que o Fed cortou 25 pontos-base nas duas últimas reuniões e "há forte sentimento de que é hora de pausar". Em seguida, a probabilidade de o Fed realizar mais um corte nos juros caiu de 85,4% para 84,3%, segundo monitoramento do CME Group.
Para o sócio e analista Rafael Passos, da Ajax Asset, foi uma grande surpresa Powell indicar que o corte de dezembro ainda não está dado. "As bolsas sentiram, porque o mercado já precificava essa queda de dezembro", afirma.
Contudo, o pano de fundo internacional ainda é positivo, segundo o analista de investimentos e co-fundador da Dom Investimentos, Alison Correia. "Expectativa melhor em relação a tarifas de Trump com o mundo, envolvendo China e Brasil - pelo menos um início de conversa -, dá um tom mais tranquilo e faz investidores tomarem mais risco", afirma.
Trump e Xi Jinping devem se reunir às 23 horas do horário de Brasília. O presidente norte-americano afirmou que o encontro poderá se estender por três a quatro horas.
(Com Agência Estado)
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