"Nós temos que reconhecer que do ponto de vista de distribuição de renda, pouco se fez. Infelizmente, nós temos um quadro muito dramático", disse Haddad, fazendo a ponderação de que muitos problemas diminuíram, mas ainda não foram efetivamente solucionados.
Por isso, o ministro defendeu a proposta da Fazenda para mudança no Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), que ainda não avançou na Câmara.
"O morador da cobertura não paga condomínio e o zelador está pagando condomínio do mesmo prédio, do mesmo prédio. Como é que você cobra? Como é que você cobra do zelador, que às vezes mora ali no prédio, você está cobrando o condomínio do zelador e não está cobrando o condomínio de quem mora na cobertura. Essa é a verdade sobre o Brasil", disse o ministro.
A proposta do governo fixava uma alíquota mínima de IR, escalonada, para rendas a partir de R$ 600 mil anuais. No Congresso, houve aceitação da ampliação do isenção do IR - promessa de campanha tanto de Luiz Inácio Lula da Silva quanto de Jair Bolsonaro -, mas restrições a essa alternativa de compensação. O ministro se disse aberto a receber e debater propostas melhores do que a formatada pela sua equipe. Ele ainda enfatizou que as medidas da Fazenda que foram encaminhadas ao Congresso passaram por ajustes, mas acabaram aprovadas.
Em relação ao projeto do IR, a Secretaria de Política Econômica (SPE), da Fazenda, divulgaria nesta quarta-feira, 11, um estudo sobre os impactos da reforma da renda na progressividade e desigualdade de renda. A divulgação foi adiada para a sexta-feira, 13.
A participação do ministro ocorre em meio à apresentação das medidas alternativas para o decreto que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Como o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou, haverá uma recalibragem desse decreto, com alteração de alguns parâmetros, como o risco sacado, e uma medida provisória (MP), com a tributação de 5% para títulos atualmente isentos, como as letras de crédito, e uniformização da alíquota de Imposto de Renda para aplicações financeiras em 17,5%.
(Com Agência Estado)
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