Segundo ela, o NDB passou por um "problema sério" de liquidez, permanecendo 15 meses sem fazer captações no mercado.
"Isso comprometeu várias coisas, comprometeu nosso desempenho em relação aos nossos objetivos, nosso planejamento estratégico de 2022 a 2026, que agora nós estamos chegando a alcançar. Ainda não alcançamos totalmente, mas até 2026 nós acreditamos que cumpriremos", disse Dilma.
A presidente disse que o NDB voltou ao mercado com uma captação de US$ 1,250 bilhão em março de 2023, e já ultrapassou a marca de US$ 16 bilhões em sua gestão.
"Desde que eu cheguei lá, nós captamos mais de US$ 16,1 bilhões", contou. "Esse ano, nessa metade do ano, nós já captamos em US$ 3,1 bilhões."
Para o Brasil, o conselho de diretores já aprovou 29 projetos, totalizando US$ 7 bilhões. Os desembolsos no Brasil totalizaram US$ 4 bilhões, representando 18% do total desembolsado pelo banco, disse Dilma. "E o NDB possui uma carteira de projeto no Brasil no valor de US$ 2,3 bilhões", acrescentou.
Desdolarização
Dilma Rousseff também disse que não vê sinais de uma suposta desdolarização global, embora reconheça que os países têm usado mais suas próprias moedas nas trocas comerciais internacionais.
"Eu não vejo assim, claramente, nenhum sinal de desdolarização", afirmou Dilma. "Tem países fazendo negociação em moeda própria. Há muito tempo está havendo isso, pagamento de petróleo, por exemplo, com moeda própria. Isso não significa que a condição de ativo, de reserva de valor do dólar esteja comprometida."
A presidente diz que enxerga um movimento de diversificação de ativos, mas em busca de segurança.
"Quem decide isso não é nenhum investidor externo, é o mercado. Quem está fazendo algumas movimentações é o mercado financeiro internacional. E, até onde eu saiba, o mercado financeiro internacional continua dolarizado", afirmou.
Dilma concedeu entrevista coletiva a jornalistas após o 10º Encontro Anual do Conselho de Governadores do NDB, no Rio de Janeiro.
Segundo a presidente, o NDB tem como prioridade possibilitar o financiamento em moedas locais e quer também avançar na expansão de países membros do banco multilateral.
(Com Agência Estado)
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