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Economia Quarta-feira, 18 de Abril de 2012, 23:50 - A | A

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Quarta-feira, 18 de Abril de 2012, 23h:50 - A | A

PRODUÇÃO

Até o fim do ano, Estado poderá ser o maior produtor brasileiro de grãos

A estimativa é que a produção em Mato Grosso seja de 22,4% da safra do país, de acordo com Conab

KARINE MIRANDA
[email protected]

O Estado poderá ser o maior produtor brasileiro de grãos registrando produção de 21,6 milhões de toneladas nessa temporada, segundo informações da sétima estimativa de safra realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Mayke Toscano/Hipernotícias

A produção corresponde a 22% da safra do país, cerca de 3,5 milhões de  toneladas

A safra mato-grossense de grãos deve somar nesta temporada 35,8 milhões de toneladas, uma alta de 16% quando comparada a safra 2010/11 que teve 30,9 milhões de hectares cultivados.


A produção corresponde a 22% da safra do país e o registro de alta será na produção de diferentes produtos como soja com um crescimento de 5,9%, o milho primeira safra com crescimento de 92,8%, milho segunda safra com 47,6%, girassol com 53,12% e o algodão com 5,4%.

De acordo com Eduardo Godoi, gestor do Núcleo Técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), este um cenário pelo qual o estado já passou e tem buscado se fixar. Ele lembra que Mato Grosso nos últimos anos vem revezando o posto de maior produtor de grãos do país com o Paraná.

“Nesta safra (11/12) Mato Grosso conseguiu manter em um patamar elevado a produção de soja e algodão (caroço entra na conta dos grãos) e semear uma área recorde de milho safrinha que poderá levar a produção dessa cultura para 11,7 milhões de toneladas, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Na contra mão de Mato Grosso, o Paraná teve sérios problemas com seca na safra de verão e a produção de grãos caiu drasticamente, facilitando a consolidação do Mato Grosso como maior produtor de grão do país.”, explica.

No caso da primeira safra do milho, cujo crescimento produtivo é o maior verificado, a produção deve terminar 2011/12 em 706,4 mil toneladas ante 366,3 mil toneladas verificados no ciclo de 2010/11.

Juntas, as produções de todas as culturas em Mato Grosso devem fazer o estado responder por 22,4% da produção nacional, este ano estimada em 159,20 milhões de toneladas. Esse número é 2,2% inferior à obtida na safra 2010/11, quando atingiu 162,84 milhões de toneladas, conforme a Conab.

Já itens como arroz, cujos índices produtivos reduzem anualmente, e feijão total sofreram perdas de 34,9% e 1,1% respectivamente na produção.

“Temos consciência de nosso potencial de produção. Enquanto tivermos demanda para nossos produtos a produção continuará em elevação. Temos mais de 60% de nosso território preservado e podemos praticamente dobrar nossa produção de grãos sem derrubar uma árvore se quer, apenas utilizando as áreas de pastagens degradas em áreas de agricultura e aumentando o cultivo de segunda safra. Seguir produzindo mais, aproveitando as áreas já abertas, e de maneira sustentável é a tendência.”, assegura.

Ele afirma, ainda, que para manter-se no patamar de primeiro produtor, muitos investimentos se fazem necessários no Estado, mas isso não está ligado somente ao produtor rural.

“Continuamos com nossa logística precária. Investimentos em rodovias, hidrovias, ferrovias e armazéns são de suma importância. Infelizmente, o ritmo dos investimentos está muito lento e totalmente desconectado com o incremento da produção. Questões fundiárias e ambientais também precisam evoluir. Mão de obra é outro ponto que merece destaque. Intensificar investimentos em treinamentos para o trabalhador rural irão garantir a oferta de mão de obra qualificada para contribuir com o ritmo de crescimento da produção”, finaliza.

BRASIL

A produção de grãos estimada para este ano no país equivale a uma oferta inferior de 3,63 milhões de toneladas.

Em seu levantamento a estatal elenca que o maior recuo deve ocorrer na cultura da soja ou 9,72 milhões de toneladas a menos e no arroz com 1,95 milhão de toneladas.

Já para o milho segunda safra a previsão da Companhia Nacional indica um crescimento de 35,1%, correspondendo a 7,54 milhões de toneladas.

 

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Mayke Toscano/Hipernotícias

Mayke Toscano/Hipernotícias

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