Mayke Toscano/Hipernotícias |
A produção corresponde a 22% da safra do país, cerca de 3,5 milhões de toneladas |
A produção corresponde a 22% da safra do país e o registro de alta será na produção de diferentes produtos como soja com um crescimento de 5,9%, o milho primeira safra com crescimento de 92,8%, milho segunda safra com 47,6%, girassol com 53,12% e o algodão com 5,4%.
De acordo com Eduardo Godoi, gestor do Núcleo Técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), este um cenário pelo qual o estado já passou e tem buscado se fixar. Ele lembra que Mato Grosso nos últimos anos vem revezando o posto de maior produtor de grãos do país com o Paraná.
“Nesta safra (11/12) Mato Grosso conseguiu manter em um patamar elevado a produção de soja e algodão (caroço entra na conta dos grãos) e semear uma área recorde de milho safrinha que poderá levar a produção dessa cultura para 11,7 milhões de toneladas, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Na contra mão de Mato Grosso, o Paraná teve sérios problemas com seca na safra de verão e a produção de grãos caiu drasticamente, facilitando a consolidação do Mato Grosso como maior produtor de grão do país.”, explica.
No caso da primeira safra do milho, cujo crescimento produtivo é o maior verificado, a produção deve terminar 2011/12 em 706,4 mil toneladas ante 366,3 mil toneladas verificados no ciclo de 2010/11.
Juntas, as produções de todas as culturas em Mato Grosso devem fazer o estado responder por 22,4% da produção nacional, este ano estimada em 159,20 milhões de toneladas. Esse número é 2,2% inferior à obtida na safra 2010/11, quando atingiu 162,84 milhões de toneladas, conforme a Conab.
Já itens como arroz, cujos índices produtivos reduzem anualmente, e feijão total sofreram perdas de 34,9% e 1,1% respectivamente na produção.
“Temos consciência de nosso potencial de produção. Enquanto tivermos demanda para nossos produtos a produção continuará em elevação. Temos mais de 60% de nosso território preservado e podemos praticamente dobrar nossa produção de grãos sem derrubar uma árvore se quer, apenas utilizando as áreas de pastagens degradas em áreas de agricultura e aumentando o cultivo de segunda safra. Seguir produzindo mais, aproveitando as áreas já abertas, e de maneira sustentável é a tendência.”, assegura.
Ele afirma, ainda, que para manter-se no patamar de primeiro produtor, muitos investimentos se fazem necessários no Estado, mas isso não está ligado somente ao produtor rural.
“Continuamos com nossa logística precária. Investimentos em rodovias, hidrovias, ferrovias e armazéns são de suma importância. Infelizmente, o ritmo dos investimentos está muito lento e totalmente desconectado com o incremento da produção. Questões fundiárias e ambientais também precisam evoluir. Mão de obra é outro ponto que merece destaque. Intensificar investimentos em treinamentos para o trabalhador rural irão garantir a oferta de mão de obra qualificada para contribuir com o ritmo de crescimento da produção”, finaliza.
BRASIL
A produção de grãos estimada para este ano no país equivale a uma oferta inferior de 3,63 milhões de toneladas.
Em seu levantamento a estatal elenca que o maior recuo deve ocorrer na cultura da soja ou 9,72 milhões de toneladas a menos e no arroz com 1,95 milhão de toneladas.
Já para o milho segunda safra a previsão da Companhia Nacional indica um crescimento de 35,1%, correspondendo a 7,54 milhões de toneladas.
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