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Cuiabanália Domingo, 07 de Maio de 2017, 07:42 - A | A

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Domingo, 07 de Maio de 2017, 07h:42 - A | A

X-BAGUNÇA

Conheça a história do lanche criado em Cuiabá que fomentou o segmento de comida de rua

RENAN MARCEL

Quem hoje se delicia com o cardápio da Máfia Pizzaria não imagina que o dono do local, Ale Arfux, 68 anos, é um dos pioneiros no segmento de lanche de rua em Cuiabá. Chegou aqui em 15 de março de 1973 com o sonho de reconstruir a vida, depois de passar por um crítico momento financeiro. Aos 24 anos, veio de Corumbá com o negócio praticamente montado. Trouxe o trailer, um cardápio, e o Raul, chapeiro responsável pelos sanduíches da Hot Dog Gato Frio. A lanchonete logo se tornou um point na cidade. Ficava na Av. Prainha. E foi lá onde nasceu uma iguaria cuiabana: o X-bagunça.
 

Alan Cosme/HiperNoticias

ale arfux

Criador do X-Bagunça, Ale Arfux se diz orgulhoso e lembra a história do lanche cuiabano

A inovação fomentou o segmento de comida de rua na capital mato-grossense e, anos mais tarde, se tornou o "pai" do popular Baguncinha, lanche gerado em meio à crise econômica da "Era Collor". Até mesmo o costume de comer o lanche dentro do carro, como  atualmente ocorre, por exemplo, na Avenida do CPA, surgiu naquela época. Era só piscar os faróis que lá ia o garçom.
 
Tudo começou a partir do pedido de Érico Preza, faminto e assíduo cliente da Hot Dog Gato Frio. "No dia 31 de março eu inaugurei apenas com lanches tradicionais [misto quente, x-salada e bauru] no cardápio. Um mês depois, o finado Érico pediu algo diferente. Eu subi no trailer e falei: 'vou fazer uma bagunça no pão pra você'. Peguei tudo que tinha, coloquei no pão e dei pra ele comer", lembra Ale Arfux. 
 
A experiência gastronômica, de cara, mostrou o seu potencial. Naquela noite, foram vendidos 56 X-bagunças. Visionário, Ale soube que o sanduíche veio para ficar. "Uma semana depois estava no cardápio!". 
 
Como o cuiabano não perde tempo, em poucos meses os trailers se espalharam pela cidade e o X-bagunça foi incorporado aos cardápios. Antes disso, Cuiabá era carente no segmento de lanche de rua. "A vida noturna era agitada, mas não tinha lanchonetes. Só tinha o antigo Hawaí Lanches. E quando eu fui patentear, já era de domínio público", conta o empresário. Hoje, o X-bagunça também é vendido nos países vizinhos, Bolívia e Paraguai. "Sinto orgulho de fazer parte da gastronomia cuiabana. Jamais imaginei que teria tanto sucesso como teve", diz.
 
Durante o tempo em que comandava a lanchonete, Ale Arfux morou no trailer. Com o sucesso, seguiu investindo na gastronomia. Teve diversas casas na cidade, como a Magestic, Galeto na Brasa e Papa-pizza, que teve esse nome por causa da visita do Papa João Paulo II a Cuiabá. Agora, trabalha apenas com a Máfia Pizzaria.
 
O BAGUNCINHA 
 
A crise econômica do governo do ex-presidente Fernando Collor de Melo, hoje senador, tem relação direta com o surgimento do famoso Baguncinha nas ruas da capital mato-grossense. Diante da falta de recursos generalizada, as lanchonetes optaram por adaptar o X-bagunça. Os ingredientes eram os mesmos, mas a quantidade era menor: meia salsicha, meia porção de queijo...E, claro, o preço mais em conta. "A crise ensina a criar", avalia Ale Arfux, que não estava em Cuiabá nessa época.
 
Outra curiosidade sobre o lanche é que ele já foi até tema de tese de doutorado, intitulada "O sanduíche baguncinhha nas ruas de Cuiabá - MT: avaliação de intervenção educativa". A pesquisa foi feita por Aída Couto Bezerra e apresentada à Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Na tese, Aída lembra a importância econômica e nutricional da comida de rua, sempre associada ao preço baixo e ao emprego informal. De fato, a crise ajuda a expandir essa atividade. Basta observar a quantidade de "espetinhos" que surgiram no último ano, com a nova queda na economia nacional. 
 
Para os interessados em investir no segmento, o criador do X-bagunça dá uma dica: "É preciso ter qualidade e bom atendimento".
 
 
 
 
 
 
 

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Alexandre Anderson Carneiro 13/09/2023

O X Antes é uma pronúncia americana abrasileirada proveniente do Chesse (queijo) no inglês que denominava lanches que continham o queijo. Aqui no Brasil a pronúncia soava como X ao dizer Chesse assim começou os famosos lanches X... para quem acha que o X bagunça nasceu sem pai, ele é uma cópia do X tudo paulistano que existe desde os anos 60 em São Paulo onde surgiu os chesses pronúncia do X ????

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Um Cuiabano 12/10/2021

Frise-se que que no Título "O Baguncinha", na última linha do primeiro parágrafo diz que o senhor Ale Arfux não estava em Cuiabá quando o Baguncinha foi criado. Transcrevo: " 'A crise ensina a criar', avalia Ale Arfux, que não estava em Cuiabá nessa época".

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Um Cuiabano 12/10/2021

Pessoal, vamos apender a ler um texto. Onde, nesse texto, está escrito que o senhor Ale Arfux é o pai do baguncinha? Onde? Na última linha do primeiro parágrafo está escrito: "E foi lá onde nasceu uma iguaria cuiabana: o X-bagunça." (será que nasceu aqui mesmo em Cuiabá?). No parágrafo seguinte: "A inovação fomentou o segmento de comida de rua na capital mato-grossense e, anos mais tarde, se tornou o "pai" do popular Baguncinha". Esse paragrafo diz que o X-Bagunça é o "pai" do Baguncinha e não o senhor Ale Arfux (Bagunça pai, Baguncinha filho). Quanto ao "verdadeiro" criador do Baguncinha, o Tal, carece ter fontes, pois eu já ví muitas versões de quem é o criador do Baguncinha. Parece-me que várias pessoas fomentaram o conceito do lanche Baguncinha. É difícil saber quem foi o pai, mas com toda a certeza que o Tal é o mais famoso dos "pais".

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Rafael 10/05/2017

Muito boa matéria bem desenvolvida e especial pois trata de um conterrâneo que como eu cheguei a está terra abençoada e aqui criamos raízes um abraço e sucesso.

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Manoel 09/05/2017

Este senhor deve ter inventado o x bagunça aqui porque sou de Campo Grande ms la ja existia o x bagunça na década de 80.fui morador do bairro Cidade alta e quem inventou o baguncinha foi o tal que tinha sua primeira barraca de lanches na principal do bairro ao lado da frutaria Santos

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Itallo Fernando Araújo 08/05/2017

Esse tiozão aí não inventou o X-bagunça e Baguncinha nem aqui nem na Bolívia... O Tal do Cidade Alta sim que foi o inventor do lanche, esse sim merece os créditos...

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Guto botelho 07/05/2017

Realmento vcs do site nao investigaram direito,pois o tal do cidade alta e o criador do baguncianha

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Everson Sanchez 07/05/2017

O criador do baguncinha de rua foi o TAL da Cidade Alta, que iniciou cobrando o valor de R$ 1,00, Um lanche barato para o final de noite, ele trabalhava das 18 horas às 05 da manhã do outro dia.

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Marcilio 07/05/2017

Boa matéria , porém acho interessante fazer tbm uma matéria com o criador do BAGUNCINHA , no caso foi o Tal da cidade alta ! Conhecido como TAL lanches

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Hoalas 07/05/2017

X-bagunça existe a um bom tempo e em outras partes do país. E outra se vc juntar os ingredientes do mixto, bauru e x-salada vc nao consegue montar um x-bagunça, acredito que vcs "viajaram na maionese literalmente", pode ter sido o pioneiro em lanches na capital, mas a criação do X-Bagunça e do Baguncinha, pode ter certeza que não foi este senhor.

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nilo Julio 07/05/2017

Bom dia Esta matéria é interessante ... porém incompleta. Assim como a pesquisa de doutorado. Ou nao foi publicada com detalhes importantes. ... criação do baguncinha ... procure em Cuiabá o baguncinha do Tal... Este criou no lanche. ... Mas se foi propaganda paga. .. ficou muito bom. . Parecendo informativo

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Jânio 07/05/2017

Também passei por algo parecido. Criei a maionese temperada. Infrentei preconceito, mas graças a Deus os clientes aceitaram bem.quamdo me atentei para patentear já era febre.

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Armando 07/05/2017

Eu também passei por uma situação quase idêntica ao do nosso amigo Ale Arfux. Na década de noventa em meio a crise Collor eu trabalhei comercializando Coco verde extraindo água do mesmo. Como eu vendia esse produto em boa quantidade diária, a partir de então eu criei uma ferramenta extremamente prática para fura-lo. Na época era com certeza um instrumento único, as pessoas curiosamente começaram a perceber e perguntavam onde eu havia adquirido? Eu simplesmente dizia ter sido inventado por mim e até ensinava como faze-lo. Não percebia, porém minha ingenuidade sendo tamanha, que não acordei para "PATENTEAR". Em seguida virou febre pois todos copiaram minha ideia. Não me sinto jamais traído pelo fato da ferramenta criada por mim ter caído em "domínio público", sou até contente por isso. Agradeço a Deus por recebido a graça dessa invenção, simples porém útil. "ASSIM ACREDITO"...VIVA O BRASIL!!!

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13 comentários

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