Das seis obras inauguradas pelo governador Silval Barbosa (PMDB) no decorrer de 2013, pelo menos, três apresentaram falhas e tiveram de ser refeitas. As mais polêmicas foram o viaduto da UFMT, trincheira Ciríaco Cândia e a pavimentação da Estrada do Moinho, cujas obras já foram entregues parcialmente.
A obra do viaduto da UFMT, por exemplo, é o que mais indigna a população e por estar envolvida em três problemas mesmo sendo recém entregue e tendo um orçamento vantajoso para sua execução, R$ 23 milhões.
O primeiro problema começou ainda em sua execução sob responsabilidade do Consórcio VLT. Em junho, foi constatado um erro no acabamento de um dos pilares instalados para o assentamento das vigas pré-moldadas que suportam a pista.
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O erro foi ocasionado por um problema de cálculo estrutural do viaduto e fez com que o andamento das obras ficasse paralisado por 40 dias, já que foi necessária a demolição das vigas transversinas para remoção das vigas pré-moldadas e das transversas.
Se não bastasse esse susto, cinco dias após ser inaugurada, o entorno do viaduto se transformou em um lago. O motivo foi uma chuva forte que caiu na Capital aliada a falta de drenagem necessária para escoamento da água nas imediações do elevado.
A implantação da drenagem deveria ser definida pela Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), o que não aconteceu a tempo da inauguração da obra. Inclusive, o viaduto foi entregue parcialmente, já que as pistas marginais bem como a rotatória serão construídas de forma integrada à execução da avenida Parque do Barbado, que dará acesso à UFMT e conduzirá à Estrada do Moinho.
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Além dos problemas já citados, na última semana, foi possível verificar as rachaduras, fissuras e falhas nas chamadas juntas estruturais também conhecidas como juntas de dilatação do viaduto.
Várias partes do corrimão do viaduto já apresentam vácuos na junta de dilatação que é preenchido pelo isopor. Inclusive, até esse material já não é mais encontrado na obra.
A obra custou R$ 23 milhões e já foi apelidada carinhosamente pela população de “Mané Garrincha” devido aos muitos comentários de que o viaduto visivelmente, a obra está torta.
TRINCHEIRA CIRÍACO CÂNDIA E ESTRADA DO MOINHO
Além do problema do viaduto, foi registrado também problemas no asfaltamento da trincheira Ciríaco Cândia que foi inaugurada no início de dezembro.
A pavimentação da obra apresentava falhas e a qualidade suspeita na execução do serviço ao longo de cerca de 459 metros da trincheira pôde ser vista pela população dois dias após a obra ser entregue.
Inclusive, a pavimentação cedeu antes mesmo da circulação de veículos que estava prevista para acontecer dias depois da inauguração da obra, já que o local foi entregue a população sem iluminação.
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O curioso é que a obra foi entregue três meses fora do prazo e mesmo assim foi registrado os problemas. Ao todo, R$ 7 milhões foram gastos na construção, cujo pavimento teve de ser refeito pela empresa Métrica Construções, responsável pela obra.
Outro problema envolvendo asfalto está na Estrada do Moinho. Ao longo da via, está havendo a duplicação da pista, mas antes mesmo da obra ser concluída, o asfalto apresenta grande depreciação.
Somente no primeiro 1,8 quilômetro da pista que foi entregue no último dia 21, já é possível ver os buracos, inúmeras fissuras e rachaduras dos dois lados da avenida. Além disso, não há acostamento ao longo da pista. Situação que tende a piorar com a chegada das chuvas.
SEQUER INAUGUROU
Mas os problemas não foram registrados somente em obras já inauguradas. Viadutos ainda em construção como da Sefaz na Avenida do CPA também já registraram falhas que comprometeram a entrega da obra dentro do prazo. A previsão era de que ele fosse inaugurada ainda em 2013.
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No final de setembro, o HiperNoticias denunciou que o viaduto apresentava problema na pavimentação semelhante ao já citados. Inclusive, o asfalto cedeu assim que caiu a primeira chuva na capital. Na ocasião, a obra também teve de ser refeita.
OUTRO LADO
Nos três casos citados, todos os erros tiverem de ser corrigidos e a pavimentação, na maioria dos casos, teve de ser refeita. Estima-se que aproximadamente R$ 35 milhões tenham sido gastos nas obras. No entanto, segundo a Secretaria da Copa do Mundo (Secopa), não foi realizado aditivo para corrigir os problemas e que as soluções adotadas foram todas custeadas pelas próprias empresas responsáveis pela obra.
Carlos Nunes 02/01/2014
Com essa dinheirama que vão gastar nas obras da Copa, dava para fazer MUITO MAIS E MELHOR, com ótimo planejamento, pés no chão, sem sistema diferenciado de contratações, que é um prato cheio para a corrupção e pagamento de propinas; preparando Cuiabá para seus 300 anos em 2019. A grande lição que podemos tirar de tudo isso é: 1) dinheiro não falta, é só emprestar do BNDES, e da Caixa, portanto quando dizem que não tem dinheiro MENTEM - só nunca tem é para a Saude, a Educação, a Segurança. Só para ter 4 JOGOS, aonde seleções e turistas só vão chegar 48 horas antes do jogo, apareceu BILHÕES. 2) falavam que, se não houvesse a Copa, não poder-se-ia fazer tantas obras. Isso demonstra a nossa fraca representatividade federal, aonde não conseguem trazer recursos para Mato Grosso. Não conseguem mesmo. Com ótimos projetos, pode trazer dinheiro do BNDES, da Caixa. 3) a verdade é que, alguns políticos, viram na Copa, a oportunidade só para ganhar votos, e se perpetuar no poder. Quem está rindo á toda, com a Copa, é a FIFA, que terá um lucro superior a 4 BILHÕES; grandes empresas e empreiteiros que faturarão BILHÕES também; e os políticos que querem ganhar a eleição. Para o povo o que vai ficar realmente é a conta do empréstimo bilionário, que nós vamos começar a pagar brevemente. Os políticos passam, e só vai ficar a conta. Gostaria de saber Quanto ficará só O SEGURO do VLT? Quantos milhões de reais por ano? E uma projeção para ver em quanto demora para chegar a 1 BILHÃO DE REAIS. Vamos ficar num monopólio lascado, nas mãos dos espanhóis que tem a tecnologia, eternamente.
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