Advogados e familiares estão impedidos de realizar visitas aos presos nas unidades penitenciárias da Capital e do interior desde o dia 31 de maio, quando o Sindicatos dos Servidores Penitenciários (Sindspen) decretou greve por tempo indeterminado. Juntamente com outras 27 categorias, os agentes reivindicam o repasse da Revisão Geral Anual (RGA) de 11,28%, que era esperado para a folha de maio.
Somado às condições de reclusão dos detentos, a falta de contato com seu defensor e de visita dos familiares aumenta o risco de rebelião. Essa possibilidade é conhecida tanto pelo Sindicato quanto pela Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), e ambos afirmam que apenas o procedimento padrão será mantido.
“Estão sendo mantidos os 30% previstos em lei para a manutenção dos serviços. A greve é um direito do servidor”, informou a assessoria de imprensa da Sejudh.
Conforme a assessoria do Sindspen, apenas serviços básicos de saúde, alimentação e alvarás de soltura estão sendo cumpridos.
“Os presos que devem ser liberados estão sendo soltos, porém apenas serviços de manutenção dos presos estão sendo realizados. Se acontecer alguma coisa, a culpa é do governo, não dos servidores. A população tem que reclamar ao governador”.
A greve segue por tempo indeterminado e mais duas categorias se unirão à paralisação a partir de segunda-feira (6). Nesta sexta-feira (3), os servidores do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea-MT) e do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) anunciaram a paralisação.
Além dessas categorias, os Agentes de Tributos Estaduais (ATE) também podem cruzar os braços a partir da terça-feira (7), caso não haja um entendimento entre Fórum Sindical e o governo.
Em protesto ao impasse quanto ao pagamento da revisão, servidores estão acampados em frente a secretária de Gestão (Seges) e sem previsão para deixar o local.
No fim da tarde desta quinta-feira (2), governo e Fórum Sindical estiveram reunidos para que fosse informada a nova proposta do Estado para o repasse da revisão aos servidores. Porém a oferta de 6%, divididos em três vezes iguais, a serem pagas em setembro, janeiro e março, foi recusada pelos servidores.
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