Após 50 dias de greve, os trabalhadores técnico-administrativos da UFMT retornam as atividades nesta quinta-feira (15). Uma reunião entre o Comando Local de Greve e a Reitoria será marcada na próxima semana para construir um plano de compensação das atividades represadas durante o movimento paredista. De imediato, os serviços que estavam interrompidos à comunidade acadêmica voltam a funcionar normalmente.
“Nós seguimos a orientação nacional de encerrar o movimento paredista. Acreditamos que cumprimos com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para os prejuízos que a aprovação da PEC 55 trará para o serviço público, em especial para saúde e educação. Várias entidades se manifestaram contrários ao projeto, a população votou contra a proposta na pesquisa realizada pelo Senado, mesmo assim, os parlamentares aprovaram a PEC. Vamos acompanhar a implementação desta emenda e lutar para garantir os direitos da educação”, destacou a coordenadora geral do Sintuf-MT, Leia de Souza Oliveira.
O fim da greve foi aprovado em assembleia geral da categoria realizada na terça-feira (13). Eles farão um seminário com representantes nacionais para debater a proposta de Reforma da Previdência. “Estamos vivendo um período de grande retrocesso nos direitos trabalhistas. Estão atacando a CLT, estão retirando conquistas dos servidores públicos. A reforma aumenta a contribuição do trabalhador de 11% para 14%, aumenta o tempo de contribuição, aumenta a idade mínima, e reduz o salário no final de tudo. Isso não é uma reforma, é uma violência contra as famílias, contra a população”, reforçou Leia.
Dentre as deliberações da assembleia, os técnicos administrativos da UFMT farão campanhas de conscientização sobre as propostas e reformas que colocam a crise econômica no bolso dos trabalhadores.
FURA GREVE
Ainda foi aprovado na assembleia o repúdio a conduta de alguns gestores que prometeram folgas para quem trabalhasse durante a greve. “É necessário ter clareza que não existe folga compensatória para quem furou a greve. Quem furou a greve o fez por convicções pessoais, o que sempre foi e será respeitado pelo sindicato. Agora premiar com folgas esta atitude é ilegal. Caso alguma denúncia chegue ao sindicato, vamos tomar todas as providências que a lei nos obriga”.
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